Bill Cosby acusado de drogar e abusar sexualmente de uma mulher
O crime terá ocorrido em 1969 e levanta um novo processo de agressão sexual contra o comediante.
© Reuters
Fama Bill Cosby
Bill Cosby enfrenta um novo processo em tribunal relacionado com crimes de natureza sexual. O comediante, de 85 anos, está a ser processado por Victoria Valentino, ex-modelo da Playboy, atriz e bailarina, que diz ter sido drogada e abusada sexualmente em 1969.
O processo foi apresentado na quinta-feira sob uma nova lei da Califórnia, que suspende o estatuto de limitações para acusações de abuso sexual, dando uma janela de três anos na qual as vítimas podem entrar com ações civis de agressão sexual que já teriam expirado.
Valentino diz que Cosby se ofereceu para pagar-lhe um tratamento de spa, a ela e uma amiga, e depois enviou um carro com motorista para as ir buscar. Enquanto jantavam, as mulheres dizem ter sido drogadas.
Já em casa do comediante, as mulheres começaram a sentir os efeitos da referida droga e, de acordo com o processo, Victoria desmaiou no sofá, acordando depois e testemunhando o momento em que a amiga, não identificada, foi agredida sexualmente. Os documentos do tribunal, citados por publicações como o The Guadian, revelam que que Cosby "teve relações sexuais forçadas" com a ex-modelo e atriz enquanto ela "estava incapacitada devido à droga".
"O trauma que ele me infligiu afeta-me a mim, mas também aos meus filhos e netos", afirmou Victoria Valentino, esperançosa de que ao quebrar o silêncio irá mostrar a outros "sobreviventes" de crimes sexuais que nunca é tarde para revelar a verdade e encontrar "esperança e cura".
Andrew Wyatt, representante da celebridade, considerou "profundamente perturbador e dececionante" que os legisladores impulsionem processos como este, que considera "uma violação absoluta de todos os direitos constitucionais americanos".
O representante de Bill Cosby defende ainda que as acusações não têm "qualquer prova", apresentando "inconsistências nas declarações" da suposta vítima.
Bill Cosby foi a primeira celebridade julgada e condenada na era #MeToo, enfrentou acusações de pelo menos 60 mulheres. Os alegados crimes de abusos e assédio sexual valeram-lhe quase três anos numa prisão estadual perto da Filadélfia, mas em 2021 o tribunal rejeitou a condenação e o comediante acabou por sair em liberdade.
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