Woody Allen defende Luis Rubiales: "Não a estava a violar, era um beijo"
O realizador de cinema deu uma entrevista ao El Mundo na qual comentou o polémico caso que aconteceu na final do Mundial feminino de futebol, na Austrália.
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Fama Woody Allen
Woody Allen saiu em defesa de Luis Rubiales afirmando que o presidente (suspenso) da RFEF não deveria perder o seu trabalho após o polémico beijo na boca que deu à jogadora Jenni Hermoso, na final do Mundial de futebol feminino, em Sydney, Austrália.
"A primeira coisa que pensei é que eles não esconderam, nem ele a beijou num canto às escondidas. Não a estava a violar, era apenas um beijo e era uma amiga. O que há de mal nisso?", questionou.
Allen, de 87 anos, foi entrevistado na sequência do lançamento do seu 50.º filme, 'Stroke of Luck', no Festival de Cinema de Veneza.
Na visão do cineasta tratavam-se de "duas pessoas que se conheciam, que se abraçaram e deram um beijo" no calor dos festejos.
"Impendentemente do que aconteceu, é difícil perceber que alguém possa perder o seu emprego e ser penalizado dessa forma por dar a alguém um beijo", considera.
"Se foi inapropriado ou demasiado agressivo, há que dizer-lhe que não o faça mais e que peça desculpa", sublinha.
"Não assassinou ninguém. Mas suspenderam-no do cargo e pode perder tudo... Ele errou... Mas não é que tenha feito uma coisa assim tão grave", diz ainda.
Quando o jornalista apontou que a jogadora revelou que não tinha dado o seu consentimento para ser beijada, Allen refletiu.
"Sim, é verdade. Mas, por outro lado, foi algo em público. Ele não a beijou no escritório à porta fechada ou algo do género onde ela fosse ameaçada. Foi à frente de toda a gente e ela não estava em perigo. Mas, claro, ela tem todo o direito em dizer que não queria e ele deveria pedir perdão e garantir que não o voltaria a fazer. E, com isso, deveriam os dois seguir em frente", completa.
Recorde-se que Woody Allen foi acusado de abusos sexuais pela sua enteada Dylan Farrow, que terão ocorrido quando esta era menor de idade. O cineasta sempre negou as acusações e culpou a ex-companheira Mia Farrow de manipular a filha durante o processo de divórcio. As primeiras denúncias contra Allen surgiram em 1992, nunca tendo terminado em acusação efetiva, e, em 2018, Dylan Farrow retomou as denúncias, tendo levado ao cancelamento de vários trabalhos do padrasto, incluindo o seu livro de memórias.
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