Tânia Ribas de Oliveira partilhou nas redes sociais esta quinta-feira, dia 26 de outubro, um registo da sua infância.
A apresentadora destacou várias características que associa aos seus filhos e sublinhou que, mesmo passado algum tempo, continua a rever-se na criança que foi em tempos.
"Nesta fotografia, vejo um bocadinho dos meus dois filhos. A malandrice do Pedro, o olhar curioso do Tomás - sim, é a cara chapada do João, mas tem muitos traços meus quando eu era criança. Mudei muito as feições com a idade, até a cor dos olhos mudou, mas a verdade é que nesta criança me revejo sempre, mesmo volvidos estes anos todos", começou por escrever a comunicadora.
"E não há como não nos lembrarmos das brincadeiras, dos medos e dos sonhos tão presentes ainda hoje. A nossa infância está em nós até sermos velhinhos. E os adultos saudáveis fazem de tudo para transformar a infância dos filhos em tempos equilibrados, felizes, acompanhados, regrados, livres, com valores assentes na educação, na compreensão, no respeito pela diferença. Olhamos para o que se passa no mundo e o nosso coração não pode ficar indiferente. São meninos e meninas como nós fomos, como os nossos filhos são. São crianças cheias de sonhos e vontades: uns querem ser jogadores de futebol, outros médicos, outros astronautas ou YouTubers", acrescentou Tânia, que abordou ainda o facto de estarem a decorrer guerras que alimentam o medo e o terror pelo mundo fora.
"Mas há milhares e milhares de crianças às quais estão a roubar a liberdade de sonhar e de viver. De viver. Não há nenhuma palavra nossa, numa rede social qualquer, que vá alterar o rumo trágico dos futuros ceifados de quem vive corroído pelo medo de uma bomba ou de pessoas que lhes vão fazer muito mal. Mas as palavras, ainda têm algum peso e são tudo o que nos resta. Assistir todos os dias a crianças a tremer de terror, cheias de sangue, a pais desesperados e a corpos desmembrados sem olhar a género ou idade é uma angústia tão grande que tem de nos obrigar a ponderar o que raio andamos aqui a fazer no mundo. Zangamo-nos em nome de quê? Porquê? Por quem? Não será altura, de uma vez por todas, de espalhar amor? Carinho? Empatia? De abraçar, de ajudar sem olhar a quem, de dizer bom dia, de agradecer, de deixar passar, de sorrir? Se não mudarmos o nosso pequeno mundo, não estaremos também a contribuir de alguma forma para esta guerra universal de desacordo e de ódio? Falo alto para me ouvir também porque todos temos virtudes e defeitos. Mas o caminho é feito de coragem e de amor. Disso não há dúvidas", concluiu Tânia.
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