Pedro Teixeira relata o que aconteceu na Assembleia Geral do FC Porto
"Senti medo e vergonha do que se passou. É um dia impossível de esquecer", sublinhou o ator.
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Fama Pedro Teixeira
Pedro Teixeira foi apenas um dos milhares de sócios do FC Porto que na noite de ontem, 13 de novembro, se depararam com a suspensão da Assembleia Geral do clube devido a agressões que aconteceram no interior da Dragão Arena, onde decorria a reunião magna.
O ator fez, ao início da manhã de hoje, uma partilha onde relatou tudo o que aconteceu, começando por dizer que, infelizmente, tudo não passou de "um pesadelo". "Hoje acordei, olhei para o pulso e percebi que não tinha sido só um pesadelo", fez notar.
Pedro, de seguida, acrescentou: "A Assembleia Geral do FC Porto aconteceu mesmo e não podia ter corrido pior. Podíamos falar da falta de organização, podíamos e devíamos ter discutido os pontos que estavam a ser votados com vista à alteração dos estatutos. Podíamos ter estado em paz a votar numa das maiores assembleias de sempre do clube, onde os sócios compareceram de uma forma estrondosa.. e que bonito que estava a ser. Ver milhares de sócios à espera para exercer o seu direito ao voto, para participar e ter uma voz ativa. Estávamos felizes enquanto esperávamos naquela fila interminável, olhávamos uns para os outros com orgulho no que estava ali a acontecer".
Foi então que Pedro Teixeira chegou à "pior parte". "Começaram a surgir os primeiros relatos vindos da primeira sala, do auditório. Mais tarde, a notícia de que a assembleia ia ser suspensa por 45 minutos e que ia ser dada a oportunidade a todo este mar imenso de sócios de estar presente e poder participar, num recinto que nos acolheria a todos. O que assistimos depois foi um descalabro, bastava um simples manifesto para que se fosse destratado com insultos. Foi uma vergonha, sócios agredidos na bancada, homens e mulheres de todas as idades. Isto tudo perante uma direção e uma mesa da assembleia geral impávida e serena enquanto sócios do clube eram varridos das bancadas. A única coisa que interessava era prosseguir com a ordem de trabalhos. Não houve uma palavra, os braços e as pernas continuavam cruzados enquanto tudo acontecia mesmo ali à frente de todos", criticou o ator, que não ficou por aqui.
Pedro Teixeira registou "pouca segurança", a ausência de agentes da PSP e ainda "pancadaria e intimidação". "Isto está errado! Uma situação destas jamais poderia ter acontecido num país livre e democrático. Senti medo e vergonha do que se passou. É um dia impossível de esquecer", sublinhou o ator, indignado com o sucedido.
Ainda assim, o artista concluiu o texto com esperança: "Dia 20 há nova Assembleia Geral, e será bonito e extremamente importante que estivéssemos lá todos novamente e num clima muito mais sereno e seguro, pois será inaceitável e incompreensível que depois do que se passou ontem a PSP e o Ministério Público não tomem medidas e protejam a ordem pública e a segurança de todos. Viva o Porto!".
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