"Os D.A.M.A. são amor, tudo floresce através da nossa irmandade"
A banda de Miguel Cristovinho, Miguel Coimbra e Kasha sobe ao palco do MEO Arena a 14 de fevereiro de 2025. O Fama ao Minuto quis saber tudo sobre este concerto.
© Cátia Figueiredo
Fama D.A.M.A.
Em fevereiro de 2023, os D.A.M.A. promoviam dois concertos muito intimistas com Buba Espinho que, dadas as características, apenas faziam sentido nos Coliseus de Lisboa e Porto. Um ano depois, no Dia dos Namorados, a banda volta a anunciar um espetáculo que, desta vez, acontecerá na maior sala de espetáculos do país.
O MEO Arena encher-se-á de amor a 14 de fevereiro de 2025 com um concerto romântico que Miguel Cristovinho, Miguel Coimbra e Kasha já estão a preparar. Para falarem sobre este projeto, os três juntaram jornalistas e vários membros da equipa que os acompanham no Poolside Hub, em Lisboa, ocasião em que voltaram a falar com o Fama ao Minuto.
Como já nos habituaram, os três chegaram a cumprimentar com apertos de mão e beijos todas as pessoas, tanto que, a dada altura, todos se esquecem que o artistas já estão, de facto, presentes. Antes de iniciada a conferência, surgem duas fãs adolescentes que não querem acreditar que estão ao lado dos D.A.M.A.. Uma delas, em lágrimas, acaba confortada por Kasha, que a abraça e a tenta fazer deixar de chorar. O gesto tem o efeito contrário e a jovem deixa cair ainda mais lágrimas de felicidade.
Depois de contarem aos jornalistas que daqui a um ano têm um novo concerto, Cristovinho, Coimbra e Kasha falam individualmente com cada meio de comunicação. Ao Fama ao Minuto, voltaram a sublinhar que trabalharem em conjunto os deixa muito felizes, ficando provado que os D.A.M.A. são, em suma, três amigos que gostam muito de estar juntos.
Penso que é correto dizer que 2023 foi um dos melhores anos de sempre dos D.A.M.A. Concordam?
Miguel Cristovinho: Nunca se tem tanto sucesso como no primeiro ano. No primeiro ano éramos novidade e depois passamos a vida inteira à procura desse momento e nunca mais voltamos a tê-lo. Temos outra coisa muito boa, que é a maturidade.
Ainda assim, e se olharmos em particular para os temas 'Casa' e 'Loucamente', há poucas pessoas em Portugal que não os tenham ouvido. Estiveram em todas as rádios, nas televisões...
Cristovinho: Estas foram as canções mais transversais de todas. Quando aparecemos, tocámos muito uma faixa etária jovem, mais próxima das nossas idades. Agora, também fruto de já sermos homens, a nossa maturidade é outra e as pessoas mais velhas já têm uma relação connosco, como se agora já se encaixassem no nosso estilo. A 'Casa' é um ótimo exemplo disso, é uma música para os netos, para os pais e para os avós.
Quando falámos convosco a última vez, há precisamente um ano, explicaram-nos que escolheram fazer o concerto com o Buba Espinho nos Coliseus por se tratar de uma atuação mais intimista e de proximidade com o público. Porque vos fez sentido que este novo concerto acontecesse no MEO Arena?
Miguel Coimbra: Queríamos o pessoal sentado a ouvir as vozes, a beleza da música e das harmonizações... Este é um concerto em que queremos uma vibe [vibração] de amor, de celebração da vida. É uma coisa mais expansiva, para toda a gente, por isso tinha de ser no MEO Arena.
Cristovinho: Tínhamos o desejo, já desde a última vez em que lá estivemos, de lá voltarmos. É a maior sala do país e há sempre aquela sensação de que temos de ter uma boa razão para lá voltar, algo como uma celebração especial. Pensámos em fazer nos nossos 10 anos, mas depois fizemos um concerto no Castelo de São Jorge. Pensámos num concerto de Natal, mas também não adorámos a ideia - pelo menos para já. Então alguém da equipa disse: 'porque não fazemos no Dia dos Namorados?'. É o gancho perfeito.
Kasha: Este gancho, neste dia em específico, abre-nos um grande imaginário e, como o cartaz indica, vamos exagerar [risos].
Os D.A.M.A. são amor, tudo floresce através da nossa irmandade e foi assim que começouNão vos assusta que estejamos a falar de um concerto que só acontece daqui a um ano?
Cristovinho: Não, temos a certeza absoluta de que vamos estar juntos e de que vai ser épico. Temos muita confiança no projeto e estamos a dar um ano porque íamos anunciar agora, achámos mais giro do que esperar pelo verão.
Kasha: Já vivemos tantas coisas que a ansiedade que sentimos agora é pela vontade de que as coisas aconteçam, porque queremos desfrutar deste dia.
E a verdade é que o amor, o tema central do espetáculo de dia 14 de fevereiro de 2025, é algo que está intimamente ligado aos D.A.M.A....
Kasha: Completamente. Os D.A.M.A. são amor, tudo floresce através da nossa irmandade e foi assim que começou. É bom ver que continuamos a ter público que nos sente e que nos quer continuar a ouvir.
Já se cruzaram com histórias de casais que começaram a namorar ao som de uma das vossas músicas?
Coimbra: Sim, já nos contaram muita coisa, desde nascimento de filhos, de relações que começaram e acabaram, do amor ao desamor em todas as suas vertentes, quer com companheiros ou familiares. Temos a sorte de termos várias músicas que pertencem à vida das pessoas. A nossa música une as pessoas.
Antes dos concertos dos Coliseus lançaram algumas músicas especiais, como o 'Casa' e o 'Loucamente'. Até ao concerto na MEO Arena falta precisamente um ano, portanto o que podemos esperar até lá?
Coimbra: Sim, vai sair muita coisa. Estamos a fazer muita música e pretendemos lançá-las.
Cristovinho: Temos muita coisa preparada em termos de conteúdo, já gravámos muitas coisas. Não temos ainda um plano de lançamentos. 2023 foi um ano de muito trabalho e de muitas músicas, portanto não sentimos que o nosso público esteja propriamente à espera de mais lançamentos. Nós é que precisamos de escoar música.
E anunciar um concerto para daqui a um ano é, também, pela oportunidade de poderem descansar de um 2023 tão intenso?
Coimbra: Não, até esse dia não vai haver descanso. No ano passado descansámos pouco, mas no nosso estilo de vida conseguimos encontrar sempre um momento para repor as energias. Temos uma vida diferente mas estamos sempre dedicados, sempre no estúdio e com novos projetos. Anunciar este concerto com um ano de antecedência é aceitar o compromisso de que vamos chegar lá e entregar um concerto com muita qualidade. Isso vai dar muito trabalho.
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O dia a dia dos D.A.M.A. é vivido com esta tranquilidade e simplicidade que nos demonstram nestes encontros com os jornalistas?
Coimbra: Entre nós a energia flui bem. Isto dá-nos uma razão para ser e do que fazer. Os D.A.M.A. definem muito a nossa identidade individual. Há toda uma vida sem os D.A.M.A., mas não consigo dizer como seria.
À chegada aqui ao Poolside, reparei em duas jovens que, quando vos viram, ficaram em lágrimas e muito felizes por vos terem conhecido. Acredito que estes momentos, quando acontecem, ainda mexam muito convosco.
Cristovinho: Agora já está normalizado. Óbvio que quando alguém se emociona demasiado faz sempre aquela confusão e tentamos acalmar a pessoa. É um sentimento muito bonito. Somos muito bem tratados pelo público, temos muita sorte. Nunca tivemos uma situação desagradável, neste país somos muito bem recebidos e noutros países com grandes comunidades portuguesas também acontece. Nós comunicamos muito através da nossa música e temos uma mensagem muito clara de união, de partilha, de autenticidade, generosidade e tolerância, valores com os quais crescemos e que sentimos que nos inspiram.
Os D.A.M.A. com as duas fãs que com eles se cruzaram no Poolside Hub.© Cátia Figueiredo/@catiafigueiredo.photo
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