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"Nunca estamos só os três. Fomos, somos e seremos sempre os quatro"

Dia 8 de junho é dia de os D'ZRT celebrarem o passado ao lado de 4Taste, Just Girls e FF. Angélico Vieira, que morreu em 2011, continua a ser lembrado por todos e o próximo concerto será uma nova prova disso mesmo.

"Nunca estamos só os três. Fomos, somos e seremos sempre os quatro"
Notícias ao Minuto

09:29 - 03/06/24 por Filipe Carmo

Fama D'ZRT

Faltam cinco dias para um dos concertos mais aguardados do ano. Ao palco do Passeio Marítimo de Algés, já no próximo dia 8, sobem D'ZRT, 4Taste, Just Girls e FF, um verdadeiro delírio para os fãs de 'Morangos com Açúcar' que irão poder recordar algumas das músicas que marcaram as suas vidas.

Depois de um ano de 2023 com inúmeros concertos em todo o país, a banda de Cifrão, Edmundo Vieira e Paulo Vintém considerou fazer sentido um 'reencontro' com os outros projetos musicais de sucesso que partiram da série juvenil da TVI. Dessa forma, organizaram um espetáculo de grandes dimensões que está a ser preparado há já vários meses.

Depois de falarmos com os outros cantores que alinharam no desafio, o Fama ao Minuto conversou com os D'ZRT. Felizes com esta iniciativa, continuam sem assegurar a continuidade da banda, tal como fizeram no ano passado. Garantem apenas mais dois concertos - o de dia 8, em Algés, e o do festival Marés Vivas, a 19 de Julho - mas, depois disso, a maior probabilidade é que se voltem a separar por mais algum tempo.

Era impossível prever que nós íamos esgotar nove concertos em três dias

Como tem sido esta viagem de perceberem que ainda há muitas pessoas que gostam da vossa música?

Paulo Vintém (PV): Continua a ser tudo mágico. Foi tudo tão perfeito, tão em sintonia, que é difícil explicar. Já tentámos perceber o que aconteceu, mas foi muito melhor do que aquilo que tínhamos pensado.

Cifrão: Tivemos uma receção completamente desproporcional ao que imaginávamos que íamos ter. Foi bom, fez-nos sentir que as pessoas ainda queriam estar connosco e que ainda nos queriam no palco. Fechámos esse ano a pensar: 'As pessoas deram-nos este miminho, o que podemos fazer para que a experiência seja ainda maior?'. Daí surgiu a ideia de reunir o que faltava.

Edmundo Vieira (EV): Queríamos retribuir esse carinho, essa avalanche de apoio que nos deram.

Quando anunciaram aquele primeiro concerto, havia já a perspetiva de anunciar novas datas ou fazer uma digressão acabou por ser uma surpresa também para vós?

Cifrão: Nós tínhamos o MEO Arena bloqueado a 6 mil lugares. Acabaram por desbloquear os restantes pela rapidez com que compraram os bilhetes que haviam. Era impossível prever que nós íamos esgotar nove concertos em três dias. Chegámos a ter de pedir às salas de espetáculos para desbloquearem as datas a seguir porque não as tínhamos marcadas...

EV: Nós nem estávamos à espera que as 6 mil pessoas aparecessem. Fomos desbloqueando à medida que as pessoas foram aderindo. Percebemos que havia muita gente a querer ouvir-nos, mas estava longe dos nossos sonhos pensarmos que ia ser como foi.

Mas definiram alguma estratégia nesse momento e, por esse motivo, foram anunciando uma data a seguir à outra?

PV: Não houve estratégia nenhuma, foi mesmo orgânico e inesperado. Fomos falando e decidimos que ninguém podia ficar de fora. É giro quando as coisas funcionam assim tão bem sem terem sido planeadas.

E agora, com uma digressão no ano passado de tanto sucesso e com estes dois concertos em 2024, o que podem esperar os fãs para o futuro?

EV: Nós demorámos muito tempo para decidirmos avançar com um novo concerto. Quando decidimos, dissemos que seria só um concerto e não nos fazia sentido criar uma digressão, o que acabou por acontecer de forma natural. A ideia era inicial era uma experiência única. Costumo dizer que com os D'ZRT nunca se sabe e que tudo pode acontecer, mas não creio que teremos mais concertos depois destes dois que vamos dar em 2024. Sem fazer propaganda, acho que quem quer reviver a geração 'Morangos' deve aproveitar este momento porque não sei se ele se irá repetir.

PV: Não está mesmo planeado fazermos mais um concerto a seguir e acho que o mais importante é gerir o que temos da melhor forma. Queremos continuar a manter esta magia e força junto das pessoas.

As pessoas estão descontentes com o ritmo e o rumo das coisas e, por isso, têm saudades de como era viver lá atrás, no passado

Na vossa opinião, o que ajuda a justificar todo este sucesso em torno de uma banda que estava parada desde 2011? 

PV: O saudosismo está muito presente nas pessoas. Acho que as pessoas estão descontentes com o ritmo e o rumo das coisas e, por isso, têm saudades de como era viver lá atrás, no passado. O mundo era mesmo diferente. Dentro do pavilhão e nos nossos concertos - o Cifrão está a rir-se porque não gosta que eu diga isto, mas eu digo, porque sou o mais espiritual - as pessoas viajaram até ao passado, quando eram mais jovens e não tinham responsabilidades e problemas, e viveram essa viagem que é tão boa. Nós queríamos transportar as pessoas, como uma máquina do tempo, e no final sentimos que conseguimos fazê-lo.

Nos vossos concertos, nas vossas participações em programas de televisão e rádio e até nas redes sociais continua a sentir-se sempre a presença do Angélico Vieira, este quarto elemento cuja memória vocês nunca permitiram que vos deixasse...

Cifrão: Nós nunca estamos só os três...

EV: Fomos, somos e seremos sempre os quatro. Isso acontece de forma muito natural.

PV: Sentimos sempre essa presença ao longo de todo o processo. Foram muitos meses de trabalho que culminaram naqueles espetáculos. Foi muito forte e intenso para nós...

Muitos dos vossos fãs pedem uma nova música, até para perceberem como seria a sonoridade dos D'ZRT nos dias que correm. É algo que vocês equacionam ou não passa pelos vossos planos?

PV. Falta-nos um elemento-chave nessa criação, nessa diversidade que são e foram os D'ZRT.

Cifrão: Essa é a grande dificuldade, os D'ZRT são quatro elementos, não são três. Já falámos sobre isso e já improvisámos. Tirámos um fim de semana para improvisarmos numa casa sobre o que somos, o que éramos e o que queremos ser. Na verdade, sentimos por diversas vezes que somos quatro e que nos falta uma parte muito importante. Não significa que nunca irá acontecer, mas é complicado.

EV: Sabemos que há a curiosidade de sabermos o que seriam os D'ZRT hoje. Ainda assim, é complicado. Da mesma forma que fazermos concertos teve de nos fazer sentido, criar uma música nova está longe da nossa visão. Até agora, está longe da nossa visão.

Notícias ao Minuto Os D'ZRT ainda com Angélico Vieira, que morreu em 2011, vítima de um acidente de viação© Reprodução Instagram/ D'ZRT  

Em relação ao concerto do dia 8, é certo dizer que os D'ZRT são os mentores do que irá acontecer, certo?

PV: Todos os elementos dos 4Taste e das Just Girls sentiram qualquer coisinha dentro deles. Acho que eles também se imaginaram a regressar e a trazer de volta o que fizeram. Nós demos o mote para isso acontecer.

Como estamos de nervos?

Cifrão: Acho que vamos estar nervosos no dia, mas, por enquanto, ainda não.

EV: Para além da nossa própria parte artística, nós estamos a desempenhar um papel na parte da organização. Isto surge tudo pelas nossas mãos enquanto produtores, portanto temos muito trabalho que vai absorver esse nervosismo de artistas. Quando estivermos em palco, aí sim, sentiremos que somos artistas, vamos ouvir o público, os gritos e os aplausos e o nervosismo irá surgir.

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