Já se encontra à venda 'Tempestade Perfeita', o novo livro em que Bárbara Guimarães recorda o seu percurso profissional e, no plano pessoal, a luta que travou contra um cancro da mama "particularmente agressivo".
A apresentadora, a dada altura, escreveu sobre o início da sua carreira em televisão, tendo relatado um episódio caricato que viveu na SIC e que quase lhe valeu um processo disciplinar.
Em 2003, quando Ricardo Costa se tornou diretor da SIC Notícias, Bárbara abordou-o para lhe pedir "35 minutos de antena". Acabou por receber o aval para avançar com um formato que durasse 12 minutos e daí nasceu o 'Páginas Soltas', um programa de rápidas entrevistas.
"Devo dizer que fiz duas grandes asneiras de que me orgulho. Entrevistei o presidente da ACAPO (Associação dos Cegos e Ambliopes de Portugal) e o presidente da Associação Portuguesa de Surdos e decidi que ia acabar os dois programas de forma original. Com o presidente da ACAPO, terminei o programa só com o som da conversa e sem imagem. Com o presidente da associação de surdos, tirei o som e deixei apenas as legendas", começou por contar Bárbara, que acabou de imediato chamada para uma reunião com Ricardo Costa.
"Perguntou-me, visivelmente irritado: 'como é que tu fizeste uma coisa destas? Televisão sem imagem? Televisão sem som? Ó Bárbara, isto dá direito a processo disciplinar. Isso é algo que nunca se faz'", citou a comunicadora.
"Mais uma lição. Porém, o 'Páginas Soltas' foi mesmo assim para o ar. Foram dois intermináveis minutos, em cada um dos programas", concluiu.
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