O novos adultos não esquecem os programas que viam na televisão quando eram crianças e adolescentes. Os 'Morangos com Açúcar' vieram provar que continua a haver espaço para produções juvenis e se na TVI, além de novas temporadas, têm sido recordados episódios que tornaram esse produto um sucesso, então na SIC, o caminho parece ser exatamente o mesmo.
Na Opto, já a partir de hoje, passa a estar disponível 'Rebelde Way'. Lançada no canal de Paço de Arcos em 2008, a série retratava as aventuras de quatro jovens que tinham na música o único elo de ligação, sendo que o 'pano de fundo' era o colégio Prestige International School.
O Fama ao Minuto decidiu assinalar o regresso de 'Rebelde Way' entrevistando Tiago Barroso, um dos quatro protagonistas. Mais de quinze anos depois, muito mudou na vida do ator que deixou de ver a representação como a sua única fonte de rendimento. Curiosamente, é em 2024 que Tiago dá continuidade à sua carreira, conforme nos contou nesta conversa que poderá ler agora.
Como se sente com este regresso de uma produção que acreditamos que continua a ser muito especial para si?
Este foi e continua a ser um projeto muito especial, o meu primeiro como protagonista. Fui muito feliz nas gravações da 'Rebelde Way', foi fantástica a possibilidade de conciliar a representação com a música.
Que importância teve este projeto na sua carreira como ator?
Foi muito importante e uma excelente oportunidade de me mostrar num registo completamente diferente. Tinha acabado de interpretar o Henrique Fritzenwalden (durante dois anos) na 'Floribella', um personagem ingénuo e inseguro. Semanas depois, tive a possibilidade de dar vida ao Pedro Silva Lobo, que era completamente o oposto do Henrique. Foi incrível.
É incrível que o público queira recordar as histórias, as músicas e reviver com nostalgia todos os episódiosNa rua ainda o reconhecem pela personagem que fez nesta série?
Sim, o público continua a lembrar-se do Pedro Silva Lobo e continuo a ser abordado pela 'Rebelde Way'. Gosto muito de sentir esse carinho e há, inclusive, pessoas a pedir músicas dos RBL [banda criada na série] durante os concertos da minha banda.
À semelhança do que tem acontecido noutros canais e com outras séries, este regresso vem satisfazer alguma nostalgia que os portugueses têm vindo a manifestar em relação a alguns produtos televisivos do passado. Concorda?
Sinto esse carinho pela 'Floribella' e pela 'Rebelde Way', foram formatos da SIC que marcaram gerações. É incrível que o público queira recordar as histórias, as músicas e reviver com nostalgia todos os episódios.
Sabemos que 2024 é o ano em que decidiu voltar ao mundo artístico. Já nos pode dizer em que consiste, de facto, este regresso? Em que projetos poderemos vê-lo?
É verdade. No início do ano decidi regressar para a minha agência, a HIT Management. Fui muito bem recebido e as coisas têm acontecido de forma orgânica e positiva, estou muito entusiasmado. Consegui, quase de imediato, uma grande campanha publicitária multimeios e participações em projetos de ficção. A mensagem importante é que estou de regresso, com vontade para abraçar novos desafios.
Regresso com outra experiência e muita vontade de usufruir de todos os trabalhosO que fez a nível profissional durante estes anos em que se afastou da representação?
Continuei sempre ligado ao mundo da música, com a minha banda Deixa Rolá, com a qual sempre tive hipótese de alimentar o meu lado artístico. Também estive na área do Marketing, em que me formei, como Brand Manager.
Na altura em que participou em projetos como 'Rebelde Way' e 'Floribella', criou alguma expetativa em relação à profissão que acabou por não se concretizar?
Sempre mantive os pés bem assentes no chão. Isto é, nunca fiz planos a longo prazo. Aproveitei todas as oportunidades e entreguei-me com tudo para desempenhar esta arte da melhor forma. Houve uma altura da minha vida em que precisei de estabilidade. Fui pai muito novo e por isso precisei de estabilidade em vários campos. Regresso com outra experiência e muita vontade de usufruir de todos os trabalhos.
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