Depois de Ana Bola, também Carolina Deslandes reagiu publicamente à morte da poetisa Adília Lopes.
"A Adília deixou-nos e foi para outro sítio. Porque os poetas não morrem. Vão só para outro sítio. Plantaram poesia aqui e ali, nas folhas, nos livros, nos olhos dos outros e nos seus corações, e quando isto fica demasiado aborrecido, fazem das nuvens cama e ficam a olhar o seu jardim cá em baixo", declarou, partilhando na rede social Instagram alguns dos seus poemas de eleição.
"A Adília escreveu sem querer impressionar ninguém, e não há melhor forma de escrever. A Adília punha em poesia toda a incerteza certa das loucas. A Adília queria saber das coisas imperfeitas e achava o defeito a coisa mais extraordinária do mundo. A Adília fez-me sentir menos só. Menos esquisita. Espero que gostes da vista, e da plantação de poemas que podes ver e cheirar daí. Agora já podes ter a certeza que gostas de estrelas. Mais do que do rapaz que gosta delas", completou Carolina Deslandes, uma assumida apaixonada por poesia.
Adília Lopes, recorde-se, é o pseudónimo literário da poetisa, cronista, tradutora e documentalista Maria José da Silva Viana Fidalgo de Oliveira, que nasceu em Lisboa em 20 de abril de 1960. Morreu aos 64 anos.
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