O realizador norte-americano Francis Ford Coppola lamentou hoje a morte e celebrou a vida do ator Gene Hackman, considerando-o "inspirador e magnífico, no seu trabalho e complexidade".
Coppola foi uma das figuras do cinema que reagiram hoje à morte do ator norte-americano, de 95 anos, encontrado sem vida na quarta-feira em casa, em Santa Fé, no estado do Novo México, juntamente com a mulher, a pianista Betsy Arakawa, de 63 anos, e o cão de ambos.
Na rede social Instagram, Coppola escreveu que "a perda de um grande artista é sempre motivo de luto e de celebração", partilhando uma fotografia de ambos na rodagem de 'O Vigilante' (1974).
Também o realizador e ator britânico Edgar Wright manifestou pesar pela morte de Gene Hackman, partilhando uma fotografia com a legenda "o maior de todos", enquanto o Festival de Cinema de Veneza considerou-o "um verdadeiro gigante de Hollywood".
"Morreu um dos verdadeiros gigantes do cinema. Gene Hackman podia interpretar qualquer personagem e podia sentir-se toda uma vida atrás. Ele podia ser toda a gente e ninguém, alguém importante e um desconhecido", escreveu o ator George Takei na rede X.
Nas notícias sobre a morte de Gene Hackman, a imprensa norte-americana descreve-o como "um dos maiores atores da segunda metade do século XX", que começou tarde, mas deixou marcas no cinema de Hollywood, e que foi duas vezes premiado nos Óscares, por 'Os Incorruptíveis Contra a Droga' (1971), de William Friedkin, e 'Imperdoável' (1992), de Clint Eastwood.
Gene Hackman também venceu três Globos de Ouro, três BAFTA (no Reino Unido) e um Urso de Prata, no Festival de Cinema de Berlim, pela interpretação em 'Mississipi em Chamas' (1988), de Alan Parker.
"Capaz de interpretar qualquer papel" em comédia, drama ou thriller, como escreveu a Associated Press, Gene Hackman trabalhou com outros realizadores como Arthur Penn, Wes Anderson e Sidney Lumet, até se retirar de Hollywood em 2004, aos 74 anos, e se dedicar à pintura e à literatura, num rancho no Novo México.
De acordo com as autoridades de Santa Fé, está em curso uma investigação à morte do ator e da mulher, mas não há indícios de crime.
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