Rui Sinel de Cordes: "Perdi conta às mensagens a ameaçarem-me de morte"

O humorista escreveu um texto no seu site onde desabafa sobre a situação difícil que tem vivido após ter feito uma piada sobre os ataques de Orlando.

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Mariline Rodrigues com Elsa Pereira
15/06/2016 14:25 ‧ 15/06/2016 por Mariline Rodrigues com Elsa Pereira

Fama

Polémica

A polémica à volta do nome de Rui Sinel de Cordes voltou a surgir mais uma vez. Depois de se ver envolvido numa série de ataques por ter comentado a doença de Sofia Ribeiro, o humorista vê-se agora no meio de mais uma controvérsia motivada por uma piada que fez em relação aos ataques a uma discoteca gay em Orlando, decorridos no passado fim de semana, nos Estados Unidos.

É num extenso e pormenorizado relato que o comediante mostra o seu lado e desabafa com os seus fãs: “Perdi conta às mensagens enviadas por homossexuais a ameaçarem-me de morte. É engraçado... pessoas historicamente perseguidas pelas suas diferenças a quererem a morte de uma pessoa, apenas porque... pensa de maneira diferente o humor”, argumenta.

E acrescenta: “Não imaginam o quão cansativo para mim é falar nos limites do humor e na liberdade de expressão. Já mete nojo esta conversa. Mas se a igualdade existe e se deve exigir para, por exemplo, homossexuais, também tem de existir para humoristas. Mas infelizmente não existe. Porque se um homossexual não é livre quando é atacado pelo que é – seja online, na rua ou na imprensa – não me venham dizer que um humorista que recebe 100 ameaças de morte por causa de uma piada é um humorista livre”.

Para o comediante “as redes sociais hoje em dia são depositórios de raivas, frustrações, falhanços pessoais e ódios mesquinhos” e por isso optou por desistir da mesmas.

O que eu quero dizer a estas baratas digitais é que com estas regras, eu não quero brincar. Neste lodo, eu não vou brincar mais. Eu saí do manicómio. Mas vocês, fiquem. Fiquem com os humoristas on-demand. Fiquem com os plagiadores, fiquem com a baunilha. Fiquem com músicas estéreis, fiquem com piadas respeitosas. Fiquem com o standard, com o banal, com o igual. Fiquem com os humoristas moralistas. Vocês merecem-se”, termina.

Pode ler o texto na íntegra, aqui

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