Esses hábitos já são sem dúvida conhecidos – ter uma alimentação saudável, praticar exercício físico regularmente, beber álcool com moderação, não fumar e manter um peso saudável – mas o novo estudo procurou quantificar exatamente a extensão em que estes fatores podem de facto impactar na saúde dos indivíduos e na sua longevidade.
Os resultados publicados no periódico Circulation, sugerem que aderir a estes cinco hábitos pode prolongar a esperança média de vida de uma mulher com 50 anos, em mais 14 anos, e a de um homem em mais 12.
Os investigadores analisaram os dados provenientes de dois outros estudos conduzidos pelo departamento de saúde norte-americano, utilizando uma amostra de cerca de 79 mil mulheres e de mais de 44,300 homens. Os voluntários preencheram questionários detalhados acerca dos seus hábitos e estilo de vida, a cada dois ou quatro anos, e os investigadores monitorizaram a sua aderência aos cinco comportamentos chave destacados pelo estudo.
Os cientistas rastrearam aquele grupo durante um período de 34 anos. Durante esse tempo, mais de 42 mil indivíduos morreram. Cerca de 14 mil dessas mortes deveram-se à ocorrência de vários tipos de cancro, e quase 10,700 aconteceram devido a doenças cardiovasculares.
Todavia, aqueles que seguiram e mantiveram aqueles cinco hábitos apresentaram uma probabilidade menor, de 74%, de falecer durante esse período de tempo, comparativamente a quem não adotou nenhuma daquelas recomendações. Mais ainda, os indivíduos que optaram por seguir um estilo de vida saudável mostraram um menor risco, de 82%, de morrerem vítimas de patologias cardíacas e 65% menos hipóteses de falecer de cancro.
A redução geral de risco equivaleu a mais de 10 anos extra de vida, de acordo com aquele artigo científico.
Para os investigadores a mensagem é clara: “É determinante que se façam pequenas, que são ao mesmo tempo ‘gigantes’, mudanças na nossa saúde e rotina diária – a mensagem é simples, basta seguir os conselhos que ouve há décadas e adotá-los seriamente”, pode ler-se no ensaio.