Ao contrário do que anteriormente se achava ser a explicação, a irritabilidade que se apodera de muitos quando sentem fome, parece dever-se de uma “complexa resposta emocional entre biologia, personalidade e aspetos ambientais.
Para perceber os mecanismo psicológicos que levam a tal estado que afeta o comportamento e noção do real (além do estômago), foram feitos vários estudos durante o qual o os participantes não sabiam que o que estava a ser testado era a sua fome.
Após lhes serem apresentadas várias imagens a que foi pedido que avaliassem como geradoras de sentimentos positivos, negativos ou neutros. Quando maior a fome, mais negativos eram os sentimentos associados às imagens.
Posteriormente, o grupo foi dividido em dois: a um, foi lhes pedido que escrevessem as suas emoções e ao outro, que escrevessem sobre um tema neutro. Na terceira fase da análise, a toda a amostra foi pedido que realizassem um teste bastante aborrecido no computador, mesmo perto de o teste terminar, o computador simulava um estrago que perdia todo o trabalho realizado, e cada participante acreditava ser o culpado pelo estrago – o objetivo deste ponto final era gerar mais irritabilidade em cada participante.
Por fim, analisou-se o estado de toda a amostra, de onde se concluiu que, mesmo com fome e estimulados a irritar-se, aqueles que pensam nas suas emoções (a quem foi pedido que escrevessem sobre a mesma na segunda fase do teste) tendem a irritar-se menos quando com fome.
Assim, aponta-se que o motivo para tal comportamento deve-se sobretudo à falta de racionalidade e perceção da realidade, sendo mais comum em indivíduos mais expressivos e ‘dramáticos’ do que nos calmos e racionais. Num momento em que esteja distraído, confuso ou stressado, é também mais provável que se irrite ao sentir fome.