Largue o açúcar. É (também) esta a droga que o deixa ansioso
O consumo de açúcar impacta o cérebro, por isso sim, podemos chamar-lhe de ‘droga’ como qualquer substância que cria vício.
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Lifestyle Vícios
Certos do ‘poder’ viciante do açúcar, foi em 2017 que um grupo de investigadores conseguiu provar a relação entre o seu consumo e o comportamento ansioso.
Ao The Independent, os investigadores explicam que o problema está na inflamação, que é responsável por várias doenças metabólicas. Este ponto levou à associação entre cérebro e intestino que permite justificar a origem da ansiedade e depressão associadas ao açúcar.
Grande parte da serotina (neurotransmissor que regula o sistema nervoso central) encontra-se nos intestinos. Quando há consumo em excesso, nomeadamente de frutose, o intestino enfraquece, como foi provado em estudos anteriores. Ora, ao ficar enfraquecido, o intestino põe em causa a serotina, que leva ao estado de ânsia. Em suma, digamos que o açúcar alimenta-se da ‘bactéria boa’ presente nos intestinos.
Tal acontece porque o corpo humano não está preparado para metabolizar de forma eficiente todo o açúcar ingerido, quando a quantidade supera em muito o limite aconselhado para um organismo saudável.
A par desta questão, que leva a problemas mentais associados à ansiedade, o açúcar é também bastante propício às constantes mudanças de humor e vício.
Com é explicado, “quando dispersa no sistema sanguíneo, o açúcar causa a sensação de energia, mas depois a insulina é secretada para ‘lidar’ com todo aquele açúcar, resultando numa quebra que leva à sensação de ‘em baixo’ que causa também o desejo por mais açúcar”, lê-se na publicação inglesa.
Veneno escondido
O açúcar pode-se apresentar de variadas formas, ‘disfarçado’ de outros componentes. No fundo, sacarose, frutose ou qualquer designação terminada em ‘ose’ refere-se a açúcar.
Está em cereais, iogurtes e outros alimentos, por vezes em versões vendidas como ‘light’ ou baixas em açúcar. A atenção aos rótulos torna-se assim essencial para que se tenha a noção da verdadeira quantidade de açúcar consumido, assim como evitar que as crianças abusem deste consumo – cujo limite diário pode ser atingido apenas com um iogurte.
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