Bebeu demais ontem à noite? E, entretanto, já bebeu dois ou três cafés? Esqueça… os cientistas avisam que ingerir cafeína após o consumo excessivo de álcool não faz grande diferença no organismo.
Tal como foi revelado pelo professor Tony Moss, da Universidade London South Bank, num documentário transmitido pelo Channel 4 (estação televisiva britânica), e divulgado pela publicação The Independent, o café não ajuda, de facto, a diminuir o nível de álcool no sangue.
Ao invés, o académico sugere que, apesar de poder sentir-se mais alerta devido à toma de cafeína, a sua coordenação motora e visual permanecerá afetada pelo álcool presente no organismo.
De modo a testar esta teoria, Moss convidou cinco estudantes para participarem numa experiência, durante a qual cada um bebeu uma vodka com tónico (que continha álcool suficiente, segundo a altura e peso de cada voluntário, para os deixar embriagados).
De seguida, os participantes foram submetidos a um teste simples de forma a averiguar o seu estado de coordenação motora e visual, sendo-lhes pedido que manuseassem um aro de metal à volta de um arame, sem lhe tocar. Todos falharam.
Após terem ingerido uma chávena de café forte, os participantes sentiram-se mais alerta e tentaram realizar novamente aquele teste… e falharam mais uma vez.
Ao verificar o nível de álcool presente na corrente sanguínea dos indivíduos, através do uso de um bafómetro, Moss detetou que os índices dos participantes não tinham sofrido nenhuma ou quase nenhuma alteração após ingerirem café, e que só existe mesmo uma forma eficaz de ficar sóbrio: esperar.
“Tendo como base inúmeras pesquisas sabemos que o café não é de modo algum um antídoto para o álcool. A única coisa que o vai deixar sóbrio é o tempo. Descanse e aguarde”, disse.