Tricotilomania, o transtorno psicológico de que sofre Sara Sampaio
Foi este fim de semana que, na sua página de Instagram, a modelo partilhou com os fãs o problema psicológico de que sofre.
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Lifestyle Distúrbios
Na comunidade médica, tricotilomania é classificado como “um distúrbio impulsivo controlo”, ainda que seja tema de debate a fim de se apontar uma “classificação mais apropriada no espectro dos distúrbios obsessivos compulsivos”, como é dito uma publicação da Clínica de Psiquiatria da América do Norte.
Independentemente de como é classificada, o distúrbio refere-se ao ato constante de arrancar o próprio cabelo, de que resultam significativas perdas de cabelo. Fazem-no maioritariamente em situações de stress sendo que, no momento antes ao de arrancar o cabelo, o indivíduo sente grande tensão e, após o fazer, uma sensação de alívio.
Quanto ao motivo, especialistas não apontam um único gene humano que cause o problema, mas sugerem uma base genética que se associa a uma desregulação dos níveis de dopamina e serotonina.
A par disto, também as questões ambientais podem ter efeito no transtorno psicológico de que se fala, nomeadamente episódios de maior stress ou tensão que, de forma inconsciente podem levar a pensamentos acerca do aspeto físico como ‘as minhas sobrancelhas são assimétricas’ ou ‘os cabelos brancos são maus’, pensamentos estes de onde se desencadeia o problema.
Para Sara Sampaio, o problema cinge-se às sobrancelhas, uma informação que a modelo portuguesa partilhou no seu Instagram, como resposta a um seguidor que lhe perguntou que cuidados tinha com as suas sobrancelhas a que respondeu que, pelas falhas que contava como consequência a este transtorno psicológico, usava apenas um lápis se sobrancelhas para preencher as falhas.
“Começou [aos 15 anos] comigo a arrancar as minhas pestanas e, logo de seguida, as sobrancelhas. Já não puxo as pestanas e desde então que arranco as minhas sobrancelhas. Os episódios são piores quando estou sob muito stress ou quando estou sem fazer nada como a ver TV ou a ler um livro”, conta.
Embora uma comum consequência ao problema sejam as grandes falhas com zonas sem cabelo, a Angel portuguesa admite que tal não lhe acontece. “Tenho muita sorte em ter umas sobrancelhas muito fortes e de o meu cabelo crescer facilmente. Tenho muitas falhas mas são facilmente disfarçadas com maquilhagem”.
Em casos mais grandes, os indivíduos que arrancam o cabelo, pestanas, sobrancelhas (estas são as zonas mais comuns) ou pêlos de outras partes do corpo, fazem-no principalmente com os próprios dedos mas, por vezes, chegam a usar ferramentas como pinças, escovas ou pentes.
Este é pois um problema psicológico reconhecido e cujo tratamento passa por acompanhamento psiquiátrico – algo que se torna mais difícil nos excecionais casos de crianças com 18 meses, já que comummente o problema surge a partir dos 13 anos de idade e, antes desta idade torna-se difícil de identificar os episódios de grande tensão.
Além de ser acompanhada por um psiquiatra, Sara Sampaio refere ainda os suplementos que toma, como forma de reduzir os impulsos, algo que tem ajudado embora se mantenham alguns episódios deste distúrbio. “Ser compreensivo e amável é um longo caminho” que, segundo a modelo, ajuda a ultrapassar o distúrbio.
Às mais de 60 mensagens de fãs que também se identificaram com a situação, Sara agradece o apoio e conclui: “Se o tens, não tenhas vergonha de falar sobre o problema”. “Somos todos estranhos”.
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