Ana Elisa Couto morava em Penafiel. Nascida nos anos 20, foi na década de 80 que decidiu tornar-se missionária da causa, dedicando grande parte da sua vida à ‘luta’ para que os avós fossem reconhecidos com uma efemeridade própria.
Falecida em 2007, ‘Dona Aninhas’, como era conhecida no norte, é hoje reconhecida com uma placa afixada na praça municipal da cidade onde morou, por ter conseguido que 26 de julho fosse, em Portugal e não só, o Dia dos Avós.
Viajou para o Brasil, França, Estados Unidos, Alemanha, África do Sul, Espanha, Angola, Suíça, Canadá e outros países, onde defendeu sempre a necessidade de se dar tal destaque aos avós que não são devidamente reconhecidos e celebrados.
Mas porquê a data de 26 de julho?
Embora não sejam referidos na bíblia, os avós de Jesus e pais de Maria (São Joaquim e Santa Ana) são celebrados pela igreja católica nesta data. A informação é sabida graças ao evangelho apócrifo de São Tiago, segundo aponta o teólogo e filósofo Fernando Altemeyer. Desde o século XIV que o casal é celebrado aos olhos da igreja, contudo, a data apontada era a de 20 de março, tendo sido o papa João 6º a mudá-la para 26 de julho.
Noutros países, contudo, a celebração aos avós é feita noutras datas como é o caso de Itália que para se afastar à questão da religião optou pelo 2 de outubro. Brasil mantém a data apontada por Ana Elisa Couto e apenas França separa o dia dos Avôs (primeiro domingo de outubro) do dia das avós (primeiro domingo de março).