Andar descalço faz bem, principalmente aos mais novos
Na Nova Zelândia, as crianças andam descalças a maior parte do tempo durante os primeiros anos de vida. Este é um aspeto a ser seguido por muitos outros locais, por uma melhor estrutura de pé.
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Lifestyle Corpo humano
Na Alemanha, além de o calçado ser um fator merecedor de grande investimento, as crianças passam a maior parte do dia calçados, já na África do Sul, 90% da população infantil anda descalça. É claro que, nesta comparação, os fatores económicos e a situação climatérica de cada local devem ser tidos em conta, mas é possível comparar-se (e contrastar) as diferentes estruturas de pés de um e outro caso.
Por exemplo, crianças que passem mais tempo de escala conseguem garantir uma muito maior distância a correr descalços. Quanto ao menor risco de lesões e maior agilidade, por parte de quem anda mais tempo sem sapatos, não foi cientificamente comprovado, mas é algo facilmente apontado apenas pela observação, diz o grupo de investigação responsável pelo atual estudo sobre o tema.
Mas este não é o primeiro trabalho de investigação sobre sapatos VS pés descalços, que tem sido alvo de estudo por vários cientistas há cerca de um século, lembra o The Independent que aponta que é comum a noção de que, muito frequente, se coloca o senso de moda e cultura à frente da saúde humana, neste caso, bom estado do pé.
Acontece que, usar constantemente sapatos desde tenra idade, quando a estrutura ainda não está totalmente formada, resulta num pé mais estreito e com arco do pé mais baixo. Como consequência, aponta-se a maior pressão no calcanhar, zona do pé bastante sensível.
Ao andar descalço, esta pressão é repartida por toda a planta do pé, pois como a exposição ao solo é mais direta, o corpo humano tende a posicioná-lo de forma diferente, ao correr ou andar descalço, fazendo com que a pressão seja distribuída.
É esta falta de distribuição da pressão, quando calçados, que faz com que muitos corredores desenvolvam dores nos joelhos e articulações, mesmo com calçado apropriado, pois há demasiada pressão a ser absorvida pelo calcanhar, que se estende pela estrutura óssea e articulações, onde há pouca assistência muscular, explica o The Independent.
Também nas crianças a sensibilidade do pé é diferente conforme os seus hábitos de calçado, sendo bem mais resistentes aqueles que passam algum tempo descalço, pelo menos enquanto estão a brincar, fora da escola ou na rua, aponta o estudo.
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