Afinal, a toma de estatinas é benéfica para tratar o colesterol?
De acordo com um novo estudo espanhol, a toma de estatinas não é de todo benéfica para os indivíduos com 65 ou mais anos de idade.
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Lifestyle Mitos
As estatinas não apresentam qualquer benefício para os milhões de idosos que as tomam no mundo inteiro de modo a prevenirem o desenvolvimento de doenças cardíacas e a ocorrência de enfartes, denuncia uma nova pesquisa.
Estima-se que milhões de indivíduos acima dos 65 anos consumam aquela droga de modo a combaterem o aumento do mau colesterol para níveis prejudiciais e potencialmente letais.
Porém, e segundo o novo estudo, o único benefício que aquele fármaco apresenta para essa faixa etária destina-se para os indivíduos que já sofram de facto com doenças cardíacas e de diabetes de tipo 2.
Mais ainda, os dados apurados recentemente apontam que “não existem quaisquer provas” de que a toma de estatinas por indivíduos saudáveis acima dos 65 anos, como modo primário de prevenção de patologias cardiovasculares (que constituem a maior causa de morte neste grupo etário), surta qualquer efeito.
O estudo revelador observou uma população de 47 mil pessoas em Espanha, durante cinco anos.
Os diabéticos de idades compreendidas entre os 65 e os 84 anos demonstraram ter 24% menos probabilidade de virem a sofrer um ataque cardíaco e 16% menos propensão de falecerem precocemente. Esse efeito protetor das estatinas pareceu tornar-se irrelevante por volta dos 90 anos.
Ainda assim, há quem questione a validade dos dados apurados.
Em declarações à publicação Mirror Online, o professor Colin Baigent, docente na Universidade de Oxford, no Reino Unido, afirmou que a observação de registos médicos de rotina “se trata de um método bastante falível de determinar o efeito das estatinas relativamente ao risco de incidência de ataques cardíacos”.
“Vários ensaios clínicos já demonstraram sinais claros de que as estatinas previnem a ocorrência de ataques cardíacos e de enfartes entre os pacientes mais idosos, e esses benefícios existem mesmo quando até aquele momento o doente não apresentava problemas cardiovasculares – para além de níveis elevados de colesterol”, disse Baigent.
Outros estudos já haviam concluído que os pacientes que tomam estatinas após sofrerem um ataque cardíaco ou enfarte apresentam uma menor probabilidade – de 25% – de experienciarem outro ataque ou de morrerem prematuramente.
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