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Porque é que nos sentimos cansados depois de muito tempo ao sol?

Pode definir a sensação como ‘relaxado’ e não ‘cansado’, mas o correto, em termos científicos, é falar mesmo de fadiga.

Porque é que nos sentimos cansados depois de muito tempo ao sol?
Notícias ao Minuto

09:30 - 11/09/18 por Mariana Botelho

Lifestyle Corpo humano

O estado em que fica o seu corpo depois de um bom bocado a ler um livro ao sol é bem diferente do que aquele em que fica depois de um treino. Ainda assim, há um esforço por parte do organismo e tal deixa-nos, de facto, cansados.

Por muito boa que a vitamina D, recebida pelo sol, seja para o corpo humano, quando nos expomos ao sol obrigamos o próprio organismo a uma série de reações protagonizadas pelas enzimas que garantem que o corpo funcione na sua plenitude (respiração, digestão, movimentos e muito mais). Ora, para que tal aconteça de forma normal, o corpo tem de estar à temperatura a que é suposto e se estamos ao sol, o mesmo aquece, obrigando o corpo a trabalhar com mais esforço para garantir que, interiormente, a temperatura se mantém nos supostos graus.

De todo este esforço, o resultado mais visível e conhecido é o processo de sudação, em que as glândulas do corpo libertam água e sódio para arrefecer o corpo – um processo que obriga a um esforço interno e leva à sensação de fadiga (também, pela perda de hidratação corporal) que normalmente não associamos a situações como esta por relacionarmos a transpiração a um esforço mais intencionado como quando fazemos exercício físico.

Contudo, menos água significa menos volume de sangue que por sua vez significa menos oxigénio e nutrientes a circular pelo organismo e que leva ao cansaço.

Ainda assim, em situações mais ligeiras o ser humano sente-se bem (ainda que possivelmente meio tonto) após umas horas ao sol, mas importa garantir a hidratação corporal seja com água normal, aromatizada ou chá frio, por exemplo. Em casos mais graves, o problema de desidratação leva também a dores de cabeça ou mesmo desmaios.

Como se não bastasse, também os raios UV, que penetram a pele, levam à sensação de fadiga, um resultado que não advém (apenas) da desidratação mas do esforço corporal em reparar os danos causados pelo sol na pele. Quanto à perda de água, neste caso, deve-se à dilatação das veias na superfície cutânea, que se ‘abrem’ com o fim de receber mais oxigénio e nutrientes para reparar a pele, um processo que também desidrata a pele – daí o aspeto vermelho e seco da pele afetada pelo sol.

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