Um trabalho científico intitulado ‘Uma exploração das propriedades aversivas da 2-desoxi-D-glicose em ratos’ provavelmente chamará a atenção, mas o trabalho talvez ganhe interesse se se especificar que o estudo em questão se foca no caso daquelas pessoas que, com fome, se transformam em pequenos Hulks bem raivosos.
Vale a penas dar-lhes atenção. De facto, a fome influencia o humor e não apenas quando não come, mas principalmente quando come mal.
O problema agora apontado advém dos níveis de glucose: “a hipoglicemia é um forte desencadeador de stress a nível fisiológico e psicológico” refere o psicólogo Francesco Leri.
Esclareça-se que hipoglicemia se carateriza por baixos níveis de açúcar no sangue, um aspeto que se deve a uma dieta pobre em nutrientes, pouco equilibrada e variada. A confirmação de que a hipoglicemia e mau humor se relacionam permite assim justificar a relação entre depressão e doenças como diabetes mas também distúrbios alimentares como obesidade, bulimia ou anorexia, problemas que são de difícil tratamento, por serem demasiado específicos a cada caso e que se espera que a nutrição possa também ter um papel, fundamental no seu tratamento.
Além disso, vale a pena a prevenção já que uma atitude mais feliz influencia a preferência por hábitos alimentares mais saudáveis, o que acaba por ser um (bom) ciclo vicioso. Por outro lado, uma alimentação pouco equilibrada pode também tornar-se um ciclo vicioso já que leva a uma quebra no humor que por sua vez diminui o apetite e vontade de explorar opções mais aconselhadas.