Paralisia de Bell: Quando o sorriso se perde e dá lugar a uma ‘máscara’
É algo que tomamos como garantido, mas quando se perde tal capacidade...
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Lifestyle Corpo humano
Sorrir é uma forma de comunicar. Mostra afeto, empatia, boa disposição ou outra do género e por algum razão ainda não entendida pela psicologia, o sorriso é identificado pelos seres humanos em apenas 10 milissegundos ao contrário de uma expressão de medo, que se perceciona em 250 milissegundos, ou seja, num espaço de tempo 25 vezes mais demorado.
É essencial e tão comum que por vezes se ignora o facto de, para sorrir, usamos 17 pares de músculos da cara, além do orbicular, que rodeia a zona da boca.
Mesmo que tal seja ignorado, o sorriso sempre esteve presente na evolução humana, como lembra a BBC, desde as esculturas gregas ao banalizado uso de emojis, mas é comummente esquecido que, por ser um comportamento que se deve aos músculos, há quem perca literalmente a capacidade de sorrir.
Um destes casos é o da síndrome de Moebius, uma paralisia facial que se deve à atrofia ou ausência de nervos cranianos. Como sintomas, nota-se alguma deformação na cara, que pode levar à criação de tumores, além da grande dificuldade em realizar gestos que para outros são simples como o de sorrir. À BBC, Roland Bienvenu, que sofre deste sindrome, admite que tal é como viver com uma máscara, já que a falta de sorrir o impede de passar a impressão que naturalmente poderia passar, um aspeto que leva a outras consequências como a depressão ou pouca sociabilidade.
Outro caso semelhante é o da paralisia de Bell, que inflama os nervos faciais e paralisa parte do rosto. Embora não se saiba o motivo de tal paralisia, o problema costuma ser apenas temporário, o que leva os especialistas a crer que se deva a uma infeção viral.
Em todo o caso, e tal como na síndrome de Moubius, comum a todos os que sofrem de alguma condição do género concordam num mesmo aspeto: a falta do sorriso condiciona a vida em mais aspetos do que aqueles que se pensa.
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