Filhos biológicos de pais do mesmo sexo? Já se coloca a hipótese
Aconteceu com ratos de laboratório (ambas fêmeas), cientistas estão confiantes acerca do próximo passo.
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Lifestyle Gestação
Todos conhecem a ciência que se aprende na escola sobre como se faz um bebé. Há um espermatozoide que fecunda um óvulo. Cada qual transporta 23 cromossomas que permitem que o óvulo fecundado conte com 46 cromossomas que vai definir todo o ADN do ser vivo a ser desenvolvido.
Ora, a equação é simples e prova que sem a junção deste material genético por parte de um homem e de uma mulher, a gestação não é possível o que leva a alternativas como doação de esperma, por exemplo.
Não satisfeitos com estas alternativas, um grupo de cientistas chineses quis analisar a hipótese de um casal do mesmo sexo ter um filho que conte com informação genética de ambos, ou seja, que seja biologicamente filho de ambos.
No sentido de contrariar o processo natural, os óvulos são expostos a químicos que levam a que o óvulo atue como se tivesse sido fertilizado e se divida, ficando com apenas 23 cromossomas. Ora com dois ‘meios’, os cientistas conseguiram juntar num mesmo óvulo a informação genética de duas fêmeas. Após este passo, o óvulo foi exposto a mais uma alteração genética para garantir que certas células agissem como espermatozóides, essencial para o processo de desenvolvimento do embrião.
Ao todo foram testados 210 embriões, dos quais 29 sobreviveram, o que equivale a uma taxa de cerca de 14%.
Embora esta possibilidade em humanos ainda esteja longe de acontecer, os casos de sucesso em ratos fêmea levam a que os especialistas não descartem a hipótese de o conseguir também noutros mamíferos.
A previsão parece, no entanto, ser mais promissora no caso feminino já que entre dois machos torna-se essencial que a um seja implementada a habilidade de criar ovos de forma artificial, uma necessidade que em todos os restes feitos até então tem resultado sempre em infertilidade.
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