Suplementos: O lado mais negro de uma alimentação que se quer equilibrada
Num estudo feito no ano passado, apontou-se que um em cada quatro portugueses admite preferir optar por suplementos.
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Lifestyle Suplementação
Uma alimentação variada e completa, que se foca no consumo ideal de todos os nutrientes essenciais ao bom funcionamento do organismo e que tem como base os alimentos mais naturais e frescos possível, é a melhor opção para quem quer prevenir inúmeras doenças e seguir um estilo de vida saudável.
Mas não são poucos os casos em que a carência de uma ‘ajuda extra’ fala mais alto. Recorre-se a suplementos de vitamina D porque no inverno há pouca exposição solar, de ferro porque os ossos estão fracos ou de ómega 3, seja por que razão for. Embora seja verdade que haja quem precise de tais suplementos, o que muitas vezes acontece é os indivíduos decidirem por si só que precisam de certos suplementos porque leram algum artigo com que se identificaram ou porque algum amigo com os ‘mesmos sintomas’ toma tal suplemento.
Esta prática não podia ser mais desaconselhada, já que cada corpo é um corpo e que cada caso deve ser devidamente analisado por especialistas na área da saúde e alimentação. Contudo, este ‘auto-diagnóstico’ é bastante seguido. Em Espanha, 30% da população entre os 17 e os 74 anos de idade opta pelos suplementos, de entre os quais o cálcio está no topo da lista, a que se seguem ómega 3, magnésio/potássio, vitamina D, complexos multivitamínicos, vitamina C, ferro e vitamina B.
Em Portugal, o caso assemelha-se. Um estudo feito pela Marktest em outubro do ano passado aponta o total de dois milhões de portugueses consumidores de suplementos, valor que prova que o aumento de consumo de suplementos é cada vez maior, principalmente desde 2013.
Comum a toda a população é a noção de que é assim que se viverá mais e melhor, uma ideia que não está totalmente provada a nível científico, principalmente a nível de prevenção ou cura de certas doenças.
Pelo contrário, a espanhola OCU (Organização de Consumidores e Utilizadores) aconselha a que se siga a dieta mediterrânea, a forma mais natural – e económica – de garantir consumo de vitaminas, minerais e ácidos gordos.
Os suplementos devem sim ser preferidos apenas em casos específicos como na menopausa, gravidez, situações de doença ou outros que se afastam do bom funcionamento do organismo, contudo, mesmo nestes casos a decisão deve passar sempre pelo aconselhamento médico de nutricionistas.
A combater o lado negro dos suplementos, esta é a ideia que se deve defender, para combater a errada noção que ainda persiste acerca destes comprimidos.
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