Fumar acelera processo de envelhecimento em mais de 20 anos

Noutras palavras, os homens e as mulheres que fumam têm biologicamente o dobro da idade dos indivíduos que não consomem tabaco… alerta um novo estudo.

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Liliana Lopes Monteiro
21/01/2019 07:02 ‧ 21/01/2019 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Viver perigosamente

Fumar pode acelerar o processo de envelhecimento até duas décadas, revela uma pesquisa inédita.

O corpo humano tem dois estágios diferentes – conhecidos por cronológico e biológico.

O último refere-se à idade que o corpo ‘pensa’ que tem – ao invés da idade real associada há quantos anos a pessoa nasceu.

E agora, um estudo que analisou o sangue proveniente de 149 mil adultos concluiu que o organismo dos fumadores de meia idade tem em média 20 anos a mais, comparativamente à sua idade cronológica, e em oposição aos indivíduos que não fumam.

Mais de sete em cada dez amostras provenientes de fumadores com menos de 30 anos, foram categorizadas como estando biologicamente entre os 41 e os 50 anos.

Por outro lado, as idades da maioria dos não fumadores (62%) foram calculadas com exatidão.

A mesma tendência foi registada em indivíduos entre os 31 e os 40 anos, em que as idades de quase metade (43%) dos fumadores recaíram entre os 41 e os 50 anos.

A autora do estudo, a professora Polina Mamoshina, disse em declarações ao Mirror Online: “Comparativamente aos não fumadores, os fumadores apresentam um ritmo de envelhecimento mais acelerado até aos 55 anos, independentemente do sexo”.

Curiosamente, essas diferenças tendem posteriormente a desaparecer – e até a reverter na maioria dos indivíduos mais idosos.

A cientista explicou: “No contexto da idade biológica, tal sugere que o tabaco como um fator externo de envelhecimento poderá estar eventualmente disfarçado pela natureza fisiológica e intrinsecamente prejudicial do processo de envelhecimento”.

“Alternativamente, as pessoas mais afetadas pelo tabaco podem ter sofrido uma morte prematura e daí terem sido excluídas do grupo de fumadores mais velho”.

Os perigos do tabaco são amplamente conhecidos, aumentando o risco de incidência de uma série de doenças, incluindo cancro, patologias cardíacas, asma e diabetes.

Polina Mamoshina, acrescentou que os resultados publicados no periódico Scientific Reports descrevem os perigos reais do tabaco.

Pesquisas prévias já demonstraram que a idade biológica é uma ferramenta mais útil e precisa do que a data de nascimento, para se prever quando um individuo irá morrer.

 

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