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Tic-tac. Entenda como dormir mal ou menos de seis horas afeta o coração

Colesterol alto, hipertensão, falta de exercício e obesidade são fatores de risco cardiovascular, mas não os únicos: um novo estudo afirma que dormir menos de seis horas por dia, ou até mesmo dormir mal, é prejudicial para a saúde do coração.

Tic-tac. Entenda como dormir mal ou menos de seis horas afeta o coração
Notícias ao Minuto

07:00 - 04/03/19 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle Bomba

Dormir mal pode ter consequências letais para o coração, segundo as conclusões de um estudo liderado pelo Centro Nacional de Pesquisas Cardiovasculares (CNIC) em Espanha, que examinou o sono de 3.974 pessoas com uma idade média de 46 anos de idade e sem problemas cardíacos prévios ou antecedentes genéticos.

A pesquisa sugere que quem dorme menos de seis horas durante a noite podem ter um maior risco de doença cardiovascular e de sofrer um ataque cardíaco fulminante, comparativamente a quem descansa entre sete a oito horas.

Sendo que a mesma inferência é válida para as pessoas que dormem mal, ou seja, aquelas que acordam várias vezes durante a noite ou com sono ‘leve’.

Os dados apurados foram publicados periódico científico American College of Cardiology (JACC) e acrescentam “mais um sinal de alarme” aos já conhecidos fatores de risco deste tipo de doenças, resumiu à Agência Efe o diretor-geral do CNIC, Valentín Fuster, que lembrou que “que o ideal é não acordar durante a noite e dormir sete ou oito horas ininterruptamente”.

O artigo sublinha ainda que a falta de sono ou fraca qualidade eleva exponencialmente o risco de ocorrência de aterosclerose, a acumulação de placas nas artérias de todo o corpo, mas não explica o mecanismo exato envolvido.

Para efeitos daquela pesquisa, os investigadores monitorizaram durante sete dias 3.974 participantes com um pequeno dispositivo, chamado actígrafo, colocado na sua cintura, com o intuito de medir de forma contínua a atividade e o movimento e, portanto, as caraterísticas do sono, além da sua duração.

Os participantes foram divididos em quatro grupos: os que dormiam menos de seis horas; entre seis a sete horas; de sete a oito horas; e os que dormiam mais de oito horas. Os participantes foram ainda submetidos a ecocardiogramas em 3D e a tomografias computorizadas para detetar a presença de doenças cardíacas.

Desse modo, o estudo descobriu que os participantes que dormiam menos de seis horas tinham 27% mais de chances de desenvolverem aterosclerose, comparativamente aos que dormiam cerca de sete ou oito horas.

Os indivíduos identificados por terem um sono de má qualidade apresentavam 34% mais probabilidades de acumular placas nas artérias de todo o corpo.

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