Droga fatal: Antidepressivo vendido em Portugal associado a morte súbita
Especialistas alertam que o antidepressivo Sertralina está diretamente ligado a paragens cardíacas e a casos de morte súbita. O fármaco é atualmente vendido em Portugal.
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Lifestyle Alerta saúde pública
Segundo a publicação britânica Sun Online, foram reportados pelo menos 14 mortes devido à toma de Sertralina.
Liam Batten, de 24 anos, terá sofrido um ataque cardíaco em julho do ano passado, após tomar o comum antidepressivo para aliviar sintomas de ansiedade e tratar a patologia de agorofobia.
O jovem morreu nove dias após o seu médico de família ter aumentado a dose do fármaco – estando esse aumento ainda dentro dos níveis recomendados.
A autópsia terá revelado que os níveis “elevados” de Sertralina no organismo de Liam, a 0,57 miligramas por litro, terão sido definitivamente fatais, reporta o jornal.
Um exame poste-mortem posterior revelou ainda que a morte se deveu especificamente à síndrome de morte repentina (SIDS), processo no qual o coração para de bater sem nenhum motivo que o justifique.
Colapsou na rua
Sadie Stock, de 28 anos, estava a tomar a mesma medicação para tratar uma depressão pós-parto quando colapsou na rua.
Neste caso a autópsia da jovem mãe, conduzida pelo médico Ashish Narula, salientava que a paragem cardíaca havia sido provocada pela toma de Sertralina.
A Sertralina pertence a um grupo de fármacos denominados de inibidores selectivos da recaptação da serotonina (SSRI) e é comummente utilizado para tratar a ansiedade e a depressão.
A Agência Reguladora dos Medicamentos do Reino Unido (MHRA) disse em comunicado que 164 pessoas morreram desde 1990, após tomarem Sertralina, e 14 dessas mortes foram associadas a problemas cardíacos.
As mortes não podem ser ignoradas
Profissionais de saúde e ativistas estão agora a questionar se a droga em questão está associada a problemas cardíacos potencialmente fatais, sobretudo entre aqueles que têm um historial genético.
A professora Mary Sheppard, disse: "Concordo que existe uma ligação entre a Sertralina e a SIDS mas não existem ainda provas suficientemente seguras. Ainda assim, não podemos ignorar estes casos”.
A Instituição de Caridade Risco Cardíaco nos Jovens (CRY) aconselha que os jovens com condições coronárias não tomem Sertralina.
Um porta voz da MHRA disse em comunicado: “Os pacientes são aconselhados a divulgarem ao seu médico se sofrem de algum problema do coração ou se sofrem de doenças coronárias, se têm um historial familiar de insuficiência cardíaca ou níveis baixos de potássio, ritmo cardíaco fraco ou se estão a tomar algum outro tipo de medicação que possa afetar o coração”.
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