Crianças de fertilização in vitro em risco de cancro logo aos 10 anos
Os cientistas afirmam que os dados apurados permanecem inconclusivos, relativamente a se é o processo de fertilização in vitro (FIV) ou a infertilidade inerente dos progenitores que despoleta o risco de cancro nos mais novos.
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Lifestyle Alerta saúde pública
Crianças nascidas a partir de FIV estão mais propensas a sofrerem de qualquer tipo de cancro, comparativamente às que são concebidas naturalmente, revela um novo e extensivo estudo.
A pesquisa revela que os bebés gerados a partir de tubos de ensaio apresentam uma probabilidade 17% maior de serem diagnosticados com tumores logo na primeira década das suas vidas.
A equipa de investigadores norte-americanos que realizou o estudo afirma que os dados apurados se devem a um maior risco de cancros embrionários – tumores que tem início nas células fetais – sobretudo no fígado.
Todavia, os cientistas garantem que ainda não é absolutamente claro se são os tratamentos de FIV ou a infertilidade dos pais os culpados por este risco acrescido.
O grupo de cientistas da Universidade do Minnesota, nos Estados Unidos, comparou 2,27 milhões de nascimentos naturais a 276,000 derivados de tratamentos de fertilidade.
Em declarações para o periódico científico JAMA Pediatrics, os investigadores concluíram: “Este estudo detetou uma associação entre FIV e o aparecimento de cancro na infância”.
Estima-se que em todo o mundo mais de 6,5 milhões de bebés tenham nascido usando esta técnica.
O professor britânico de pediatria Alastair Sutcliffe, docente na University College London, afirma que os estudos realizados em animais sugerem que o processo de FIV possa afetar os genes, mas alerta para a necessidade da realização de mais pesquisas.
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