A bebida quente que ajuda a combater Parkinson e demência, diz estudo

Pesquisa da Universidade de Rutgers, nos Estados Unidos, revela que compostos do café auxiliam na proteção contra a degeneração cerebral.

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Liliana Lopes Monteiro
07/06/2019 11:30 ‧ 07/06/2019 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Doenças degenerativas da mente

Os benefícios do café, quando ingerido moderadamente, não são poucos. Além de dar um estímulo extra, estudos já associaram a bebida à proteção cardiovascular, melhoria do humor, concentração e até no aumento da longevidade.

E um dos estudos mais recentes, concluiu que duas substâncias presentes no grão podem contribuir para a proteção ou até no retardo dos danos cerebrais causados por doenças como Parkinson e demência.

A pesquisa realizada por investigadores norte-americanos e publicada no periódico científico Proceedings of National Academy of Sciences analisou a ação da cafeína e do EHT (Eicosanoil-5-hidroxitriptamida), composto derivado do neurotransmissor serotonina e encontrado na casca do grão de café, no cérebro de ratos e descobriu que, quando associados, estes aumentam a atividade de um catalisador que ajuda a prevenir a acumulação de proteínas nocivas associadas às doenças degenerativas, como Parkinson e a Demência de Corpos de Lewy, um dos tipos mais comuns de demência.

Para efeitos do estudo, os compostos foram administrados nos roedores durante seis meses e, nesse período, testes foram realizados para medir as atividades motoras, de aprendizagem e de memória dos bichos. Apenas os que haviam recebido as duas substâncias combinadas registaram positivos. Posteriormente, o cérebros dos ratos foram estudados e os investigadores concluíram que a cafeína e o EHT ajudaram a evitar a acumulação da proteína degenerativa.

Contudo, para a neurologista e principal autora do estudo Mary Maral Mouradian, mais pesquisas são necessárias para determinar a porção de cafeína e EHT que podem ajudar a proteger o cérebro dos seres humanos. “EHT é um composto encontrado em vários tipos de café, porém a quantidade varia de acordo com cada um. É importante que isso seja estabelecido para que as pessoas não consumam café exageradamente e tenham consequências negativas para a saúde”, alertou a cientista.

 

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