Depressão está relacionada com o excesso de gordura corporal, diz estudo

Os especialistas consideram que é necessário combater a obesidade sem atitudes ‘gordofóbicas’, que podem prejudicar mais do que ajudar.

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Liliana Lopes Monteiro
03/09/2019 11:44 ‧ 03/09/2019 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle

Depressão

Uma equipa de investigadores da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, relacionou a depressão ao excesso de gordura corporal numa nova pesquisa. análise foi realizada através da comparação de informações de cerca de um milhão de pessoas de diversos países.

De acordo com o estudo, o excesso de dez quilos de gordura já aumenta em 17% o risco de desenvolver depressão. E essa probabilidade pode ser ainda maior se o peso na balança subir. "Um dos pontos fortes do nosso estudo é que conseguimos ampliar e observar a relação específica entre a quantidade de gordura corporal e o risco de depressão", afirmou um dos autores, Søren Dinesen Østergaard, em comunicado.

Como explicou o especialista, trabalhos anteriores utilizaram predominantemente o Índice de Massa Corporal (IMC) para medir a obesidade, o que é um problema: como o índice é calculado apenas com base no peso e na altura, não leva em conta, por exemplo, os percentuais de gordura e de massa muscular.

Mais ainda, a análise também indicou que a localização da gordura no corpo não faz diferença no risco de desenvolver a doença, o que sugere que são as consequências psicológicas do excesso de peso ou obesidade que levam ao aumento do risco de depressão. "Se o contrário fosse verdade, teríamos observado que a gordura localizada no centro do corpo aumenta mais o risco, já que tem o efeito mais prejudicial em termos biológicos", apontou Østergaard.

Para os especialistas, a pesquisa contribui para melhorar os índices globais de obesidade, que atinge quase 40% da população mundial. Todavia, ressaltam a importância de fazer isso sem comportamentos ‘gordofóbicos, que podem prejudicar ainda mais quem sofre com o problema: "Os esforços da sociedade para combater a obesidade não devem estigmatizar, porque provavelmente aumentará ainda mais o risco de depressão. É importante ter isso em mente para que possamos evitar fazer mais mal do que bem no esforço para conter a epidemia de obesidade", alertou o investigador.

Como explicou o especialista, trabalhos anteriores utilizaram predominantemente o Índice de Massa Corporal (IMC) para medir a obesidade, o que é um problema: como o índice é calculado apenas com base no peso e na altura, não leva em conta, por exemplo, os percentuais de gordura e de massa muscular.

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