Desvalorizar a dor nas costas pode levar a incapacidade crónica
'Campanha Olhe pelas suas costas' sensibiliza a população portuguesa para a prevenção e interpretação do tipo de dor que sente.
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Lifestyle Dor nas costas
No âmbito do Dia Mundial da Coluna, que se assinala a 16 de outubro, a 'Campanha Olhe pelas suas costas' lança o alerta 'Prevenir a dor de costas é sempre o melhor remédio'. Este tema tem como objetivo alertar para a importância duma atitude pró-ativa de cada um na prevenção das dores nas costas, que são um problema extremamente prevalente na população.
“Estima-se que as dores nas costas afetem sete milhões de portugueses em algum momento da sua vida e isto é preocupante. As doenças da coluna vertebral são já a principal causa de anos vividos com incapacidade em todo o mundo. Se uma dor que é persistente e incapacitante for ignorada, pode resultar num problema potencialmente mais grave, ou até limitar o acesso a opções de tratamento mais simples”, alerta Bruno Santiago, neurocirurgião e coordenador da 'Campanha Olhe pelas suas costas'.
A campanha pretende destacar os diferentes tipos de dor nas costas, um mais frequente, de dor transitória que alivia em três a quatro semanas e outro mais persistente ou recorrente, com impacto na vida social e profissional e que se pode tornar crónica e incapacitante.
“Saber interpretar o tipo de dor nas costas é fundamental e sempre que esta se acompanha de dor ou falta de força num dos membros, se agrava durante a noite, se acompanha de febre ou perda de peso devemos procurar ajuda médica”, explica Bruno Santiago.
“Também os doentes com osteoporose, os que sofreram quedas recentemente ou que têm história anterior de um tumor também têm maior risco de ter uma lesão mais séria na coluna quando têm dores. O não ignorar destes sintomas é o primeiro passo para proteger a nossa coluna”, refere o especialista.
Pretende-se sobretudo promover a educação para a saúde destacando a importância de pequenas mudanças no estilo de vida, através de conselhos, em primeiro lugar, sobre a prática de exercício físico. “Os exercícios que contribuem para o fortalecimento dos músculos que dão suporte à coluna, feitos com regularidade, são a principal forma de mantermos uma coluna saudável, evitando dores, e melhorando muito a qualidade de vida. A natação, o pilates, as caminhadas ou exercícios específicos em ginásio são alguns exemplos”, conclui Bruno Santiago.
Outras recomendações úteis são as posturas corretas a adotar no dia-a-dia, o controlo do peso, evitar o tabagismo, o cuidado com o transporte de sacos ou mochilas e a posição do pescoço na utilização de smartphones e tablets.
Estes são apenas alguns exemplos das mensagens que esta campanha pretende passar aos portugueses.
A 'Campanha Olhe pelas suas costas' este ano comemora 10 anos de existência o que ficará marcado pelo lançamento do novo site da campanha, onde é possível encontrar informação sobre diagnóstico, prevenção e tratamento das patologias da coluna vertebral, bem como informações sobre a incidência destas doenças em Portugal.
Esta campanha tem vários suportes com mensagens diferentes que podem ser vistos, durante várias semanas, nos transportes públicos – Carris, STPC e SMTUC, Metro do Porto e Metropolitano de Lisboa, em mupis publicitários espalhados por Lisboa e Porto, em vários centros comerciais e também nas redes sociais da 'Campanha Olhe pelas suas costas'.
A 'Campanha Olhe pelas suas costas' vai promover ainda, no final do mês de outubro, uma iniciativa de esclarecimento e rastreio na zona norte do país, para o público em geral, através da qual os portugueses podem avaliar a saúde da sua coluna, numa altura em que os profissionais de saúde da especialidade se juntam também no VIII Congresso da Sociedade Portuguesa de Patologia da Coluna Vertebral (SPPCV), que acontece na Fundação Cupertino de Miranda, no Porto, entre 31 de outubro e 2 de novembro.
Os rastreios acontecem de 29 de outubro a 1 de novembro em centros comerciais da zona norte do país e através do site e da página de Facebook da Campanha. “Todas estas ações de sensibilização e alertas são de extrema importância, mas é fundamental ter sempre em conta a necessidade de procurar o médico em caso de dor persistente, para que seja possível atuar numa janela temporal favorável ao tratamento mais adequado”, explica o neurocirurgião.
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