Celebra-se esta terça-feira o Dia Mundial da Psoríase e o Laboratório de Inovação da Leo Pharma e o Instituto de Pesquisa de Felicidade acabam de divulgar os dados de 2018 do Relatório Mundial sobre Psoríase e Felicidade.
Em 2017, o mesmo relatório registou uma diminuição de até 30% na felicidade dos indivíduos com psoríase grave autodeclarada, uma maior prevalência da doença nas mulheres do que nos homens e que o stress e a solidão afetam a felicidade. Além disso, a forma como os inquiridos percecionam a sua relação com os profissionais de saúde está associada não apenas à doença, mas também à sua felicidade.
O Relatório de 2018 pretendeu explorar em detalhe estas questões, com o objetivo de aprofundar os principais fatores que “proporcionam felicidade” em indivíduos com psoríase autodeclarada. De acordo com os dados, a psoríase provoca, de forma frequente, um efeito negativo na vida e felicidade dos indivíduos. Em Portugal, a pontuação média de felicidade dos indivíduos que vivem com psoríase é de 5,68, numa escala de 0 a 10. Portugal ocupa, assim, o 6º lugar entre os 21 países analisados. Além disso, os dados apresentados indicam que:
- Indivíduos que vivem com psoríase estão sujeitos à diminuição de produtividade no trabalho e a uma maior taxa de desemprego, diretamente relacionados com elevados custos para a sociedade;
- A infelicidade está associada a comorbilidades específicas, que tornam os doentes, muitas vezes, incapazes de trabalhar. Em Portugal, a psoríase é responsável por 35,4% dos casos de absentismo e por 75,6% de menor assiduidade entre a população ativa;
- Indivíduos com psoríase desenvolvem, geralmente, uma doença do foro mental. Uma em quatro pessoas afirma sofrer de depressão ou outras perturbações mentais;
- Para os doentes, a felicidade está muito dependente de ambientes sociais conscientes e inclusivos. Em Portugal, 27,1% dos inquiridos concordam que os seus colegas de trabalho têm conhecimento da sua psoríase e os apoiam quando necessário;Bons padrões de sono estão fortemente associados à felicidade e a menos comorbilidades. Pessoas que dormem mal ou com má qualidade de sono têm uma média de 2 comorbilidades, enquanto aqueles que dormem bem têm uma média de 0,95 comorbilidades;
- A incidência de stress e solidão são fatores de risco. Enquanto 21,1% dos indivíduos que não possuem comorbilidades são solitários, esta percentagem aumenta para os 41,2% entre aqueles que apresentam três ou mais comorbilidades;
A psoríase é uma doença inflamatória crónica que se estima que afete cerca de 250 mil a 300 mil portugueses (2 a 3% da população portuguesa).