Como foi divulgado pela Deco, para serem comercializados, os ovos têm de ter obrigatoriamente um código impresso na embalagem e na própria casca que informa os consumidores do modo de criação das galinhas, do país de origem do produto e do número de identificação da exploração.
O primeiro dígito inscrito revela o modo de criação das galinhas. Depois, há duas letras que identificam o país de origem (PT = Portugal, por exemplo). Os últimos dígitos referem-se ao número de identificação da exploração.
Conforme explica a Deco, o código é extremamente relevante por que indica em que condições as galinhas foram criadas e a sua alimentação:
0 - modo de produção biológica: são ovos provenientes de galinhas criadas de forma biológica, ou seja, em que 80% do seu alimento é de origem biológica. O produtor deve assegurar que cada ave tem, pelo menos, 4 m2 de espaço ao ar livre. No interior, cada pavilhão pode conter no máximo três mil animais e não pode ter mais de seis galinhas por metro quadrado.
1 – ovo de galinha criada no exterior: os pavilhões são idênticos aos das galinhas criadas no solo, mas as aves devem ter acesso contínuo a espaços ao ar livre durante o dia. O terreno a que as galinhas têm acesso deve estar essencialmente coberto de vegetação, onde cada animal tem direito a, pelo menos, 2,5 m2 de espaço.
2 – ovo de galinha criada no solo: as galinhas vivem em pavilhões fechados, onde se podem mover mais ou menos livremente. A densidade animal não deve ser superior a nove galinhas por m2. A superfície de cama de galinha deve ocupar, pelo menos, um terço do chão do aviário. Devem existir manjedouras e bebedouros em locais separados.
3 – ovo de galinha criada em gaiola: são os ovos mais comuns. As galinhas estão confinadas a espaços muito restritos. Tudo está mais ou menos automatizado: os ovos postos são diretamente recolhidos por tapetes rolantes, que também são usados para distribuir alimentos; os excrementos caem através das grelhas das jaulas e são libertados. Trata-se de um sistema higiénico e eficaz, com baixos custos de produção, mas que não tem em conta o bem-estar dos animais.