Medicina personalizada: A grande aliada no combate contra o cancro
As análises genómicas tornaram-se uma ferramenta eficaz para conhecer as características moleculares do tumor que está a ser intervencionado e determinar um melhor tratamento.
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Lifestyle Luta contra o cancro
Segundo a Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO), uma das grandes revoluções no combate ao cancro é a chamada medicina personalizada, cada vez mais presente em hospitais e centros especializados. Estima-se que mais de 70% dos medicamentos que estão a ser desenvolvidos nos EUA para esta doença sejam baseados em biomarcadores específicos, e um em cada três testes genéticos visa ao diagnóstico ou tratamento de tumores.
Os estudos genómicos permitem conhecer as características moleculares do tumor, com o objetivo de orientar os especialistas na melhor decisão terapêutica para o doente, minimizando possíveis efeitos adversos ao tratamento e melhorando a sua qualidade de vida. Perante esta realidade, a OncoDNA, empresa especializada em medicina de precisão para o tratamento e diagnóstico do cancro, criou soluções diferenciadas para vários tipos de patologias oncológicas, com base nos benefícios da medicina de precisão.
Cancro do pulmão
É um dos mais frequentes a nível mundial e um dos cancros que mais portugueses afeta, com mais de 5 mil novos casos por ano. Também foi uma das doenças mais beneficiadas pelas investigações relacionadas com a medicina personalizada, pois foram capazes de decompor um bom número de subtipos definidos por alterações genómicas específicas (ALK, ROS1, KRAS, EGFR) no mesmo espaço em que antes apenas havia duas variantes: a microcítica e a não microcítica.
Graças a essa descoberta, as opções terapêuticas também cresceram, muito mais direcionadas e eficazes, algo que mudou radicalmente as condições e as perspetivas de vida dos doentes. Estes medicamentos são muito mais eficazes e com um melhor perfil de tolerância, reduzindo substancialmente os efeitos secundários.
Cancro da mama
É o cancro que mais afeta as mulheres portugueses, surgindo cerca de seis mil novos casos de cancro da mama anualmente. Contudo, também é o cancro com uma das melhores perspetivas de sobrevivência, acima de 90% dos diagnósticos. Foi o primeiro em que foram distinguidos diferentes subtipos, o que influenciou positivamente a seleção do tratamento mais adequado e o acompanhamento dos doentes.
Hoje, graças à investigação em oncologia de precisão, o cancro da mama é classificado em quatro grandes grupos: Luminal A, Luminal B, tumores com superexpressão de HER2 e basal, cada um com um comportamento específico e com uma resposta diferente a tratamentos como terapia hormonal ou quimioterapia. Como no cancro do pulmão, as terapias atuais estão a tornar-se mais específicas, eficazes e menos tóxicas, capazes de curar ou, no pior cenário, de tornar a doença crónica para garantir a sobrevivência.
Cancro colorretal
Este é também um dos cancros mais frequentes em Portugal, surgindo todos os anos mais de sete mil novos casos, e um dos que mais pessoas afeta em todo o mundo (1,8 milhões). Graças às inovações terapêuticas desenvolvidas nos últimos anos, quase todas relacionadas com a deteção de novos biomarcadores, a sobrevida acima de cinco anos ultrapassa 57% na Europa.
Um exemplo dos avanços nas investigações do cancro colorretal foi a recente descoberta da família de proteínas denominada c-Src, que promove o desenvolvimento de tumores e está relacionada com a resistência a medicamentos em tumores BRAF mutados. Detetar e estudar casos específicos como este pode traduzir-se em benefícios significativos para os doentes que o possuem.
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