Hipertensão pulmonar pode levar à morte se não for tratada

Conhecida como HPTEC, a Hipertensão Pulmonar Tromboembólica Crónica pode fazer com que o paciente não consiga realizar até atividades simples do dia a dia, como tomar banho sozinho. Sem o tratamento adequado, 70% dos pacientes morrem em cinco anos.

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Notícias Ao Minuto
27/12/2019 14:37 ‧ 27/12/2019 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle

Doenças que matam

Falta de ar, vertigens e fadiga são sintomas que costumam ser associados ao cansaço, excesso de trabalho, stress ou a outros problemas de saúde como a asma. Porém, em alguns casos esses sinais podem ser indícios de uma doença mais grave e pouco conhecida: a Hipertensão Pulmonar Tromboembólica Crónica, conhecida como HPTEC. Apesar de ser um tipo raro de hipertensão pulmonar, o problema pode ser debilitante a ponto de incapacitar os pacientes a tomarem banho sozinhos.

“A doença dá-se pela formação de um trombo que se instala no pulmão, o que restringe o fluxo sanguíneo e aumenta a pressão dentro da artéria pulmonar, incapacitando o paciente de realizar atividades simples, diminuindo a sua qualidade de vida gradativamente e levando-a à morte em poucos anos”, explica Marta Leite, pneumologista coordenadora do Ambulatório de Hipertensão Pulmonar do Hospital das Clínicas da Universidade Federal da Bahia, no Brasil.

Apesar das causas ainda não serem conhecidas, estudos relacionam o desenvolvimento da HPTEC a um histórico de embolia pulmonar aguda, quando os coágulos sanguíneos chegam aos pulmões. Esses coágulos podem fixar-se à parede da artéria pulmonar, tornam-se fibrosos e, ao longo do tempo, obstruem o vaso, fazendo com que a pressão arterial pulmonar suba.

“Progressivamente, a HPTEC reduz a capacidade de fazer atividades físicas, aumenta a fadiga e, na fase mais avançada, torna praticamente impossíveis afazeres simples como pentear o cabelo”, conta a médica. Já no estágio mais agudo, a pressão força o coração até este não resistir, levando a uma insuficiência cardíaca fatal.

Os principais sintomas são: falta de ar durante as atividades diárias; cansaço ou fadiga; tonturas; e sensação de desfalecimento ou mesmo desmaio, durante o esforço físico.

O diagnóstico da HPTEC deve incluir várias análises e exames, sendo o ecocardiograma o mais importante para confirmar a suspeita, contudo, só o cateterismo cardíaco direito permite identificar com certeza total a doença. 

 

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