Segundo uma reportagem publicada pela BBC News, os investigadores acompanharam crianças adotadas que haviam passado algum tempo em orfanatos romenos com míseras condições. Os pequenos cresceram com cérebros 8,6% menores, comparativamente a crianças adotadas que não haviam experienciado maus tratos.
"Recordo-me de ver imagens na TV dessas instituições e eram realmente chocantes", disse à BBC o professor Edmund Sonuga-Barke, líder da pesquisa.
Sonuga-Barke descreve que as crianças eram "acorrentadas aos seus berços, estavam sujas e desnutridas". Eram ainda física e psicologicamente privadas de contacto e de estímulos. Não tinham brinquedos e ficavam frequentemente doentes.
As crianças observadas na pesquisa passaram entre duas semanas e quase quatro anos nessas instituições.
Estudos anteriores sobre crianças que posteriormente foram adotadas por famílias britânicas mostraram que muitas continuaram a sofrer de problemas psicológicos mesmo depois de adultas.
Índices mais elevados de autismo, hiperatividade e ausência de medo de estranhos foram documentados nessas pesquisas.