Desta forma, David Rasteiro, cirurgião plástico com vasta experiência na área, aconselha a que siga sete passos fundamentais antes de se submeter a uma cirurgia.
Ao longo dos anos o cirurgião plástico tem-se deparado com dúvidas prévias de pacientes em relação à realização de cirurgias pelo que sugere sete pontos a serem feitos para uma consciencialização e informação sobre a decisão que irá tomar. “A opção de uma cirurgia não deve ser tomada de ânimo leve, deve haver muita pesquisa e ponderação antes da sua realização e considero que há procedimentos cruciais que devem ser feitos e pensados antes de se passar à cirurgia”, aconselha David Rasteiro.
1) A escolha do cirurgião – O sucesso da cirurgia irá depender também da escolha de um profissional de saúde que esteja devidamente certificado pela Ordem dos Médicos. Procure referências na área, assim como a experiência de trabalho que o cirurgião tem e analise casos antes/depois de cirurgias. Um outro factor importante é a empatia que deverá surgir entre médico e paciente onde haja, acima de tudo, uma confiança e uma comunicação fluída para que se alcancem as expectativas do paciente.
2) Pesquisa sobre a cirurgia e decisão consciente – A informação sobre os procedimentos e cirurgias está disponível em inúmeras plataformas. Leia o que conseguir sobre a cirurgia que pretende e recolha toda a informação possível. Já em consulta, esclareça todas as questões que tem junto do seu médico-cirurgião e não avance para a cirurgia com dúvidas. O mais importante será que ouça a opinião do cirurgião que irá dar as melhores soluções para o seu caso concreto pois somos todos diferentes. Acima de tudo, tome uma decisão final informada.
3) A ajuda dos simuladores corporais 3D – Estes simuladores corporais de última geração ajudam a ver o possível resultado de uma cirurgia. Desta forma, tornam-se um óptimo meio de auxílio visto que dão uma noção de como ficará o corpo após a cirurgia, já que a simulação é feita com base no nosso próprio corpo. Simuladores como o VECTRA XT 3D são bastante utilizados para simulações de cirurgias da mama e do nariz.
4) A consulta pré-operatória de avaliação – Este agendamento é fundamental dado que, como referido, somos todos diferentes e temos de ser avaliados individualmente. Informações como historial clínico e familiar são debatidos e alguns cuidados prévios são fornecidos pelo cirurgião plástico. Questões como a suspensão de medicação de toma regular que possa interferir com a cirurgia serão debatidas. Nesta consulta, e de acordo com cada paciente e respectiva intervenção, são ainda prescritos os exames complementares de diagnóstico indispensáveis a realizar antes da cirurgia, tais como análises sanguíneas, radiografias, ecografias, TAC’s, entre outros.
5) Avaliação por médico anestesista – Se necessário, será recomendada uma consulta de anestesia. Factores como ser fumador, ter problemas respiratórios crónicos ou alguma outra condicionante específica podem ter de ser reavaliados de forma detalhada para uma melhor preparação da cirurgia e respectivo impacto.
6) Marcação da data da cirurgia – A escolha da data da intervenção deverá ser ponderada de forma a encontrar o momento mais adequado à sua realização, não interferindo com factores laborais ou pessoais. Lembre-se que, consoante o tipo de cirurgia, poderá ser necessário parar por algum tempo obrigando a um internamento ou repouso por vários dias. É possível que tenha de interromper temporariamente o exercício físico e deverá evitar levantar pesos para a melhor recuperação possível.
7) Rede de apoio – O sucesso da cirurgia também depende de si no que concerne ao pós-operatório. Ter uma boa rede de apoio em casa é essencial pois irá estar bastante dependente. Deverá preparar a casa a nível logístico e ter ajuda, por exemplo, para realizar as rotinas de higiene pessoal e confecção da comida. Deve também ter em atenção que não poderá conduzir e ser então acompanhado nas consultas pós-cirúrgicas e ainda nas drenagens linfáticas manuais que são cruciais no processo de recuperação. Por fim, e não menos importante, a família deve estar informada de todo o processo de recuperação e deverá haver uma gestão das expectativas de todos para que também possa contar com o seu apoio a nível psicológico. Desta forma, estarão todos alinhamos e a remar juntos, permitindo uma recuperação plena e obtenção de resultados máximos.