'Assassino silencioso'. Não é o mais comum, mas é um dos que mais mata

Estar a par das constantes mutações genéticas por trás do cancro do ovário pode evitar a morte de milhares de mulheres.

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Notícias ao Minuto
08/05/2020 12:00 ‧ 08/05/2020 por Notícias ao Minuto

Lifestyle

Dia Mundial do Cancro do ovário

Em 2018, Portugal registou 574 novos casos de cancro do ovário e contabilizou 412 mortes associadas.

Geralmente, este tipo de cancro não é hereditário, e resulta de fatores que incluem estilo de vida ou ambientais.

Ainda assim, o elemento genético não pode ser de todo descartado. Após a realização de inúmeros estudos os cientistas estão a par de que a ocorrência de mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 elevam o risco de aparecimento de alguns tumores. Nomeadamente, sabe-se que entre 24% e 40% das mulheres com modificações no gene BRCA1 irão padecer cancro do ovário; entretanto, 11% a 18% das que registam mutações no gene BRCA2 também vão ser afetadas por este cancro mortífero. Devido, a sintomas inespecíficos e 'gerais' nos primeiros estágios, o cancro do ovário torna-se assim um verdadeiro ‘assassino silencioso’. 

Neste Dia Mundial do Cancro do Ovário, o saBeR mais ContA, uma iniciativa da Careca Power, Evita, Sociedade Portuguesa de Genética Humana, Sociedade Portuguesa de Ginecologia – Secção de ginecologia oncológica e a Sociedade Portuguesa de Oncologia, com o apoio da AstraZeneca, quer alertar sobre as mutações genéticas associadas ao cancro pode ajudar a salvar vidas. A sua página da Internet e de Facebook, é um meio de partilha acerca das mutações genéticas BRCA, qual o risco no desenvolvimento de alguns tipos de cancro, tratamentos existentes ou medidas de prevenção e dados sobre o teste genético.

A iniciativa sublinha que realizar um teste genético pode ajudar a identificar as pessoas em risco ou dar orientação a doentes oncológicos. Tratando-se de um método que permite destacar que indivíduos aparentemente saudáveis com historial de cancro na família, podem ter uma maior probabilidade de virem a sofrer de cancro consequentemente a mutações nos genes BRCA1 e BRCA2.

O teste genético permite assim uma vigilância e rastreio mais ativos, e que de modo a diminuir o risco de doença possa sugerir ao médico e paciente realização de cirurgias preventivas, como a mastectomia ou a remoção cirúrgica dos ovários (ooforectomia). 

Entretanto no doente que já sofre de cancro, a realização do teste genético pode facilitar a escolha de tratamentos e medicação mais eficaz a cada caso. 

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