O alerta surge devido ao receio de que a Covid-19 possa ser afinal sexualmente transmissível, após terem sido identificados resquícios do vírus nos espermatozoides de homens infetados.
No seguimento da descoberta, e de acordo com o jornal britânico The Sun, um médico e investigador do Departamento de Controlo de Doenças Tailandês, pacientes que venceram a doença devem abster-se do sexo durante pelo menos um mês.
Citando um estudo chinês que alertava para o facto de que o sémen pode ser portador do SARS-CoV-2, Veerawat Manosutthi acrescenta ainda que as pessoas devem evitar beijarem-se.
Manosutthi salienta que as pessoas devem "usar preservativo quando começam a ser novamente sexualmente ativas mesmo após terem passado 30 dias".
A pesquisa chinesa analisou os dados recolhidos relativamente a 38 homens que haviam contraído a doença - 15 ainda estavam internados no hospital e 23 já estavam recuperados.
Os investigadores detetaram que seis homens, ou 16%, apresentavam o vírus SARS-CoV-2 na respetiva amostra de esperma que haviam disponibilizado - e dois desses indivíduos já estavam recuperados da doença da Covid-19.
A taxa de infeção
Cientistas sugerem que o novo coronavírus pode persistir durante mais tempo nos testes e ser mais tarde propagado através do sexo.
Num artigo publicado no periódico científico JAMA Network Open, o investigador Shixi Zhang, do Hospital Municipal de Shangqiu, afirmou: "a sobrevivência do SARS-CoV-2 no sémen de pacientes em recuperação mantém a probabilidade de infetar outras pessoas".