Pasteurização do leite materno inativa SARS-CoV-2, revela pesquisa
Investigadores canadianos afirmam que o método usado em bancos de leite humano tem a capacidade de eliminar o novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da Covid-19, protegendo assim a saúde dos bebés.
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Lifestyle Covid-19 e amamentação
Um novo estudo publicado no Canadian Medical Association Journal, e divulgado na revista Galileu, aponta que é possível inativar o SARS-CoV-2 presente no leite materno através do processo da pasteurização.
Este método foi criado pelo cientista Louis Pasteur em 1862 e é definido pela esterilização de alimentos - tais como leite, iogurte, cerveja, queijo ou vinho-, sujeitando-os a temperaturas extremamente elevadas para de seguida arrefecê-los o mais rapidamente possível, de modo a eliminar os microrganismos danosos e patogénicos contidos na amostra.
Conforme explica a Galileu, médicos de todo o mundo recomendam que as mães continuem a amamentar mesmo se doentes com Covid-19.
"No caso de uma mulher positiva para Covid-19 doar leite humano que contém SARS-CoV-2 — seja por transmissão pela glândula mamária ou por contaminação por gotículas, pele, bombas de mama e recipientes de leite —, esse método de pasteurização torna o leite seguro para consumo", diz Sharon Unger, professora da Universidade de Toronto, diretora médica do Banco de Leite Humano Rogers Hixon de Ontario e co-autora da pesquisa.
O processo de pasteurização usado nestes casos é o Holder, no qual o leite é aquecido à temperatura de 62,5 °C durante 30 minutos. Este método inativa com sucesso vários vírus, tais como o VIH e hepatite, potencialmente transmissíveis através do leite materno.
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