Medicamento à base de canábis pode ser eficaz no tratamento de epilepsia
A nova fórmula foi formulada tendo como base a diluição do extrato de canábis em um óleo, misturado com substâncias químicas que integram o fármaco.
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A empresa farmacêutica brasileira Entourage Phytolab, pioneira no desenvolvimento de fármacos à base de marijuana no Brasil, deu a conhecer os resultados da primeira ronda de testes realizada com uma nova fórmula para tratar a epilepsia. Os dados apurados são promissores e sugerem a formulação de um medicamento mais eficaz, cuja principal substância é o canabidiol (CBD), parte da canábis com efeitos terapêuticos, revela um artigo publicado na prestigiada revista brasileira Galileu.
A investigação começou em 2017, e de 50 formulações produzidas, seis sobressaíram e foram testadas em animais. No fim, apenas duas foram aceites nos testes realizados em seres humanos.
Esta nova fórmula foi formulada tendo como base a diluição do extrato de canábis em um óleo, misturado com substâncias químicas que integram o fármaco.
De acordo com a Entourage Phytolab, e a Galileu, a diferença nesta formulação mais recente e outras que já existem remete à junção desses componentes, resultando numa melhor assimilação do medicamento no corpo.
Aumentando até duas vezes o nível de CBD que alcança o sangue, comparativamente a outros fármacos.
"Geralmente, o nosso organismo não absorve toda a medicação, boa parte das substâncias é perdida nesse processo", comenta o CEO da empresa, Caio Santos Abreu, em declarações à revista Galielu.
"No entanto, essa nova formulação entrega um aumento de 60% da absorção do medicamento", acrescenta.
Adicionalmente, os dados apurados revelam que as reações ao medicamento dependendo do indivíduo variam significativamente menos.
"Em geral, os tratamentos à base de canabinoides produzem efeitos diferentes de paciente para paciente", explica Manuel De Prá, head de pesquisa e desenvolvimento da Entourage Phytolab e líder do estudo.
"A variabilidade dos nossos resultados é três vezes menor do que a dos produtos disponíveis no mercado atualmente. É um grande avanço, que dá mais confiança aos médicos na hora de prescrever".
Na segunda fase dos ensaios clínicos, que deverá decorrer no primeiro semestre de 2021, a fórmula irá ser testada em mais doentes, de modo a validar a sua eficácia e fiabilidade.
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