A vacina revelou ainda ser 72% eficaz contra a doença moderada a grave nos Estados Unidos, disse a farmacêutica.
Tratando-se de uma diferença notória comparativamente às vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna, podendo assim colocar um termo às dúvidas das pessoas que permanecem incertas sobre qual vacina devem tomar ou quando, conforme reporta a CNN.
As vacinas que já estão a ser utilizadas nos Estados Unidos mostram uma eficiência geral de cerca de 95% contra a Covid-19 sintomática, com talvez ainda mais eficácia relativamente aos casos mais severos da patologia pulmonar.
Mas os especialistas afirmam que a vacina da Johnson & Johnson será útil contra a disseminação da pandemia nos EUA e em todo o mundo.
"Entre todos os participantes de diferentes áreas geográficas e incluindo aqueles infetados com a nova mutação viral, a vacina candidata da Covid-19 Janssen foi 66% eficaz na prevenção dos parâmetros combinados da Covid moderada a severa, 28 dias após a vacinação. O começo da proteção ativa foi observado logo no dia 14", disse a companhia num comunicado emitido à imprensa.
"O nível de proteção contra a infeção moderada a severa da Covid-19 foi de 72% nos Estados Unidos, de 66% na América Latina e de 57% na África do Sul, 28 dias após a vacinação", acrescentou.
Mathai Mammen, diretor global de investigação e de desenvolvimento da Johnson & Johnson, afirmou à CNN: "somos 85% eficazes na prevenção da doença [Covid-19] severa, que definimos como um estado que deixa a pessoa a sentir-se bastante doente em casa, podendo acabar por ir ao hospital".
"E agora o nível de proteção é total, parece ser 100% protetora, contra o tipo de Covid que requer internamento hospitalar, temos um efeito 100% protetor contra possíveis mortes por Covid-19", concluiu Mammen.
Os resultados preliminares apresentados hoje surgem na sequência de ensaios clínicos com 44.000 voluntários que ainda decorrem, em que se incluem 468 pessoas com casos sintomáticos de Covid-19. A empresa garantiu que os resultados se mantiveram em todas as faixas etárias e em pessoas de várias etnias.
A Johnson & Johnson anunciou ainda que no prazo de uma semana pedirá autorização de uso de emergência nos Estados Unidos ao regulador farmacêutico norte-americano, seguindo-se os reguladores do resto do mundo.
A empresa espera ter pelo menos 100 milhões de vacinas disponíveis nos Estados Unidos até junho, começando a distribuí-las assim que tiver autorização do regulador.
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