O estudo, que foi elaborado por um grupo de especialistas internacionais independentes, estabelece o "índice de desenvolvimento sustentável" para quinze grupos: cinco no setor da moda de luxo, incluindo a Kering e a LVMH, cinco grandes redes de retalho - H&M, Levi Strauss, Gap, entre outras, e cinco marcas de roupas desportivas, incluindo a Nike e a Adidas, noticiou a AFP.
Este relatório é o primeiro de uma série de análises do 'índice de sustentabilidade' que o Business of Fashion (BoF) conta publicar antes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, em Glasgow, na Escócia, em novembro próximo.
"Com menos de 10 anos para atingir as metas globais de clima e desenvolvimento sustentável, o tempo está a esgotar-se e não é suficiente declarar simplesmente uma ambição de mudança", afirma o estudo.
Os grupos são avaliados em seis áreas: transparência, emissões de CO2, uso de água e produtos químicos, materiais, direitos dos trabalhadores e resíduos.
Nenhuma empresa alcança mais de 50 pontos numa escala de 100 neste "ranking", tendo obtido a holding suíça Richemont (Chloé, Ralph Lauren), a empresa japonesa Fast Retailing (Uniqlo, Princesse Tam Tam) e o grupo americano Under Armour pontuado abaixo dos 25.
Questionado pela AFP, Richemont (com uma pontuação de 14 em 100) e a Under Armour (9) não responderam. Os mais bem classificados são a Kering (Gucci, Saint Laurent) e a Nike, que obtiveram 49 e 47 respetivamente.
"Muitas das maiores empresas de moda ainda não sabem ou divulgam de onde vêm os seus produtos e, quanto mais abaixo na cadeia de abastecimento, mais opacas as coisas se tornam", lê-se no relatório.
"Tal abre caminho à exploração e a violações dos Direitos Humanos e cria dificuldades para saber o impacto ambiental da indústria".
Um estudo de 2019, da Aliança de Moda Sustentável das Nações Unidas, revelou que a moda era o segundo maior consumidor de água, sendo responsável por 08 a 10% das emissões globais de carbono, "mais do que todos os As gigantes da moda lutam para honrar seus compromissos ecologicamente responsáveis, segundo reportagem publicada segunda-feira pelo site especializado Business of Fashion que deplora a distância entre discursos e fatos.
O estudo, que foi elaborado por um grupo de especialistas internacionais independentes, estabelece o "índice de desenvolvimento sustentável" para quinze grupos: cinco no setor de luxo, incluindo Kering e LVMH, cinco grandes redes de varejo (H&M, Levi Strauss, Gap .. .) e cinco em roupas esportivas, incluindo Nike e Adidas.
Este relatório é o primeiro de uma série de análises de 'índice de sustentabilidade' que o Business of Fashion (BoF) publicará antes da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática em Glasgow, em novembro de 2021.
"Com menos de 10 anos para atingir as metas globais de clima e desenvolvimento sustentável, o tempo está se esgotando e não é mais suficiente simplesmente declarar uma ambição de mudança", afirma o estudo.
Os grupos são avaliados em seis áreas: transparência, emissões de CO2, uso de água e produtos químicos, materiais, direitos dos trabalhadores e resíduos.
Nenhuma empresa obtém mais de 50 em 100 neste ranking, tendo obtido a holding suíça Richemont (Chloé, Ralph Lauren ..), a empresa japonesa Fast Retailing (Uniqlo, Princesse Tam Tam ...) e o grupo americano Under Armour pontua menos de 25.
Questionado pela AFP, Richemont (com uma pontuação de 14 em 100) e Under Armour (9) não respondeu. Os melhores alunos são Kering (Gucci, Saint Laurent ...) e Nike, que obtiveram 49 e 47 respetivamente.
"Muitas das maiores empresas de moda ainda não sabem ou divulgam de onde vêm seus produtos e, quanto mais abaixo na cadeia de suprimentos, mais opacas as coisas se tornam", disse o relatório.
"Isso abre caminho para a exploração e violações dos direitos humanos e cria dificuldades para medir o impacto ambiental da indústria".
Um estudo de 2019 da Aliança de Moda Sustentável das Nações Unidas descobriu que a moda era o segundo maior consumidor de água e era responsável por 8 a 10% das emissões globais de carbono, "mais do que todos os voos internacionais e transporte e marítimo combinados".
Muitas empresas declararam os seus objetivos em reduzir as emissões de CO2, mas não fazem a respetiva divulgação.
As empresas Richemont, Under Armour e LVMH não estabeleceram qualquer meta nesta área, segundo o relatório, citado pela France Presse.
Menos da metade das empresas definiu metas para reduzir o consumo de água e a utilização de produtos químicos perigosos, mas apenas quatro têm uma meta de tempo para substituir o poliéster, um material sintético derivado do petróleo, por alternativas recicladas.
Os piores resultados são na área de resíduos, de acordo com o relatório que cita um estudo recente da Fundação Ellen MacArthur, segundo o qual, 40 milhões de toneladas de têxteis são enviadas para aterros ou incinerados, anualmente.
"As empresas falam mais sobre a economia circular, do que a aceitam", lê-se no relatório do BoF.
O histórico em termos de direitos dos trabalhadores também é desanimador.
De acordo com Anannya Bhattacharjee da Asia Floor Wage Alliance, um dos autores do relatório, a situação permaneceu inalterada há mais de uma década.
"Os compromissos com um salário mínimo não fazem sentido se os preços de compra não cobrem um salário decente".
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