Cerca de 100 relatos preliminares da síndrome de Guillain-Barre foram detetados após 12,8 milhões de doses da vacina da J&J terem sido administradas, afirmou em comunicado o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).
A Guillain-Barre é uma doença neurológica rara em que o sistema imunológico do corpo ataca erroneamente parte do sistema nervoso.
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Estima-se que afete cerca de uma pessoa em 100 mil a cada ano, sendo que eventualmente a maioria dos indivíduos afetados recuperam do transtorno, de acordo com o Instituto Nacional de Distúrbios Neurológicos e Acidentes Vasculares Cerebrais, também nos Estados Unidos.
Os casos decorrentes da toma da vacina da Janssen foram na maioria das vezes reportados cerca de duas semanas após a toma da vacina e sobretudo em homens, muitos com 50 ou mais anos, segundo o CDC. Até ao momento, os dados existentes não demonstram a existência de um padrão semelhante relativamente à toma das vacinas da Pfizer ou da Moderna, disse a agência.
É esperado ainda hoje que os reguladores enfatizem que a vacina da J&J é segura e que os benefícios superam claramente quaisquer potenciais riscos, indicou o The Washington Post, citando fontes anónimas familiares com a situação.
Num comunicado, a J&J disse que tem estado em conversações com a FDA e com outros reguladores acerca da associação da sua vacina à condição autoimune.
"O risco da doença se manifestar é bastante reduzido", disse a farmacêutica.
"Apoiamos os esforços que estão a ser feitos com o intuito de dar a conhecer sinais e sintomas estranhos, de modo a que estes possam ser rapidamente identificados e tratados", concluiu a Johnsson & Johnsson.
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