A pesquisa, publicada na revista Frontiers in Psychiatry, indica que indivíduos com um estilo de vida fisicamente mais ativo apresentaram um risco quase 60% menor de desenvolverem transtornos de ansiedade durante um período de acompanhamento de até 21 anos.
"Essa associação entre um estilo de vida fisicamente ativo e um menor risco de ansiedade foi observada em homens e mulheres", disse a investigadora Martina Svensson, da Universidade de Lund, na Suécia.
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Estima-se que os transtornos de ansiedade - que normalmente surgem no início da vida - afetem aproximadamente 10% da população mundial e a sua incidência é duas vezes mais comum em mulheres em comparação com os homens.
O novo estudo baseia-se em dados de quase 400 mil pessoas, naquele que é um dos maiores trabalhos de epidemiologia sobre toda a população de ambos os sexos.
Os autores detetaram uma diferença notável no nível de desempenho de exercício e no risco de desenvolver ansiedade entre esquiadores masculinos e femininos.
Embora o desempenho físico de um esquiador masculino não parecesse afetar o risco de desenvolver ansiedade, o grupo com melhor desempenho das esquiadoras teve quase o dobro do risco de desenvolver transtornos de ansiedade em comparação com o grupo fisicamente ativo num nível de desempenho inferior.
"É importante ressaltar que o risco total de ansiedade entre as mulheres de alto desempenho ainda foi menor em comparação com as mulheres fisicamente mais inativas na população geral", disseram os autores.
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