Um estudo, publicado no Journal of Sleep Research, revela que os adultos mais velhos com dificuldade em adormecer e que acordam frequentemente durante a noite têm mais hipóteses de vir a desenvolver demência e até de morte precoce.
Os investigadores analisaram dados do National Health and Aging Trends Study, que envolveu uma amostra de 6 376 beneficiários do Medicare entre os anos 2011 e 2018, concentrando-se naqueles que apresentam maior risco, ou seja, que têm problemas de sono durante "a maioria das noites".
De acordo com as descobertas, quem sofre de insónia tem um risco 49% superior de demência. E não é tudo. Os cientistas ligam ainda a falta de sono com um risco 44% acrescido de morte precoce.
Já quem relata acordar frequentemente a meio da noite apresenta um risco de morte prematura 56% superior e 39% de demência.
Por fim, quem dá por si a dar voltas e voltas sem conseguir dormir e tem um sono interrompido, tem 56% de probabilidade de vir a desenvolver demência, enquanto o risco de morte prematura é de 80%, apontam os investigadores.
Os Centros para Prevenção e Controlo de Doenças afirmam que existem cerca de cinco milhões de adultos com demência e preveem que este número continue a subir. Em 2060, os especialistas estimam que possam existir 14 milhões de casos.
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