Esta é a principal causa de morte acidental nos idosos
O Núcleo de Estudos de Geriatria (NEGERMI) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) vai realizar, dia 5 de fevereiro entre as 9h e as 13h, o webinar 'Quedas nos Idosos'. Sendo que as quedas são o acidente doméstico mais frequente nos idosos e a principal causa de morte acidental na população com mais de 65 anos.
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Lifestyle Acidentes domésticos
"Pretendemos com este webinar sensibilizar os médicos e outros profissionais de saúde para a vulnerabilidade das pessoas idosas para a ocorrência de quedas, uma das principais síndromes geriátricas, que pode ser antecipada e prevenida, através de intervenções que reduzam o risco. É um fenómeno muito comum, mas frequentemente banalizado e associado ao normal envelhecimento. No entanto, é um fenómeno preocupante porque pode precipitar a deterioração do estado funcional e da autonomia, aumentando a dependência e a probabilidade de institucionalização, com profundo impacto na qualidade de vida e bem-estar. As quedas são por isso consideradas um problema de saúde pública", partilhou num comunicado afirma Sofia Duque, Coordenadora do NEGERMI.
Em 2020, o recurso às urgências devido a acidentes domésticos e de lazer aumentou 13% na população com mais de 65 anos. As quedas aparecem como a principal causa e representaram mais de 45 mil idas às urgências, representando 89,4% dos acidentes nesta faixa etária. De referir ainda que a cada 100 internamentos devido a quedas, seis têm como desfecho a morte ainda no hospital.
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As quedas nos idosos são multifatoriais resultando da combinação de problemas de equilíbrio e mobilidade, défices sensoriais, a perda de massa e força muscular, vários problemas médicos como a doença cardio e cérebro-vascular, a doença de Parkinson, as alterações cognitivas e psicológicas, a doença osteoarticular degenerativa, problemas nutricionais como a desnutrição e a sarcopénia, a hipotensão ortostática, problemas vestibulares, problemas podológicos, entre outros. Destaca-se ainda o potencial de vários fármacos poderem potenciar as quedas, estando os doentes idosos frequentemente polimedicados.
Outros problemas demográficos, psicossociais e ambientais aumentam o risco de quedas e não podem ser ignorados na avaliação de cada pessoa idosa, como a história prévia de quedas, a limitação nas atividades de vida diária, o sedentarismo, o uso de roupa e calçado inadequados, a existência de barreiras arquitetónicas dentro e fora de casa ou elementos de risco como o pavimento escorregadio ou irregular, bem como a exposição a situações de risco.
"As consequências mais dramáticas e imediatas das quedas são as lesões corporais, em particular as fraturas ósseas e o traumatismo crânio-encefálico, que podem mesmo ser fatais ou levar a problemas de mobilidade e dependência. No entanto, mesmo quando não correm estas consequências dramáticas há efeitos indesejáveis, como o medo de cair, associado a progressiva imobilidade, dificuldade nas atividades de vida diária, depressão e ansiedade, isolamento social, sedentarismo, culminando tudo em perda de autonomia e dependência com compromisso da qualidade de vida", conclui Sofia Duque.
Este webinar conta com a participação de vários profissionais de saúde, não só médicos Internistas com competência em Geriatria, mas também médicos Fisiatras, Fisioterapeutas e Enfermeiros, todos com um papel ativo e importante na prevenção de quedas.
Assista aqui ao webinar.
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