Transpirar muito pode ser um incómodo, mas é pode ser um indicador de hiperidrose, uma disfunção que se caracteriza pela produção abundante de suor nas mãos, axilas e pés. A causa é nervosa e a resposta mais eficaz é uma cirurgia que incapacita um nervo.
"A hiperidrose é uma disfunção que ocorre pela hiperestimulação das glândulas sudoríparas écrinas presentes nas palmas das mãos, axilas e pés, por causa de uma alteração do nervo simpático", resume Javier Gallego, médico e coordenador da Unidade de Cirurgia Torácica do Hospital Lusíadas Lisboa, num artigo publicado no portal Lusíadas.
Além de ser uma condição médica, a hiperidrose "causa angústia e ansiedade nos portadores desta disfunção, já que a transpiração excessiva aparece sob a forma de manchas nas roupas e mãos húmidas, causando constrangimentos nas relações profissionais e pessoais", alerta o médico. E vai mais longe: "O stresse gerado em resposta a essas emoções pode agravar o quadro".
Embora tenda a produzir transpiração nas mãos, nas axilas e nos pés, pode afetar o couro cabeludo e o rosto. Não se conhece nenhuma doença associada à hiperidrose, sendo que os primeiros sinais de alerta costumam surgir durante a infância. Esta disfunção afeta, sobretudo, pessoas jovens e saudáveis. "Têm vindo à consulta pai e filho, dois irmãos, mãe e filha, e sabemos que existe muitas vezes história familiar de hiperidrose", revela Javier Galego.
A cirurgia, sublinha, "é o tratamento mais definitivo para resolver o problema de transpiração palmar, axilar e plantar". A simpaticectomia torácica superior bilateral videoassistida é uma cirurgia minimamente invasiva.
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