Um grupo de cientistas americanos anunciaram, na terça-feira, que conseguiram curar duas pessoas com dependência de drogas, através de uma operação ao cérebro.
Os cientistas do Instituto de Rockefeller, nos Estados Unidos, testaram o tratamento inovador em quatro pessoas. A intervenção num dos voluntários não surtiu efeito. Outro continua a ser monitorizado.
A cirurgia consistiu numa estimulação profunda ao cérebro. Esta cirurgia é usada nos Estados Unidos para tratar Parkinson, transtorno obsessivo-compulsivo e casos severos de epilepsia. Os médicos implantaram um fio elétrico num área do cérebro para ajudar a regular a função da dopamina, um neurotransmissor com um papel fundamental em funções do sistema nervoso central como o movimento, a capacidade de foco e atenção, o planeamento e tomada de decisão, o humor e a motivação.
O dispositivo também estimula o córtex frontal, uma área cerebral que está relacionada com a tomada de decisões. O fio permite que os cientistas monitorizem as funções cerebrais à distância e pode ser reajustado remotamente, caso seja necessário, para evitar recaídas.
O procedimento é caro e, por enquanto, experimental, mas os resultados são promissores. Os responsáveis pelo estudo defendem que, nos próximos anos, deverão vir a ser testadas mais de um dúzia de pessoas para comprovar a eficácia do tratamento.
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