O cancro do pâncreas é inúmeras vezes diagnosticado tardiamente, daí ser crucial estar a par de quaisquer sinais de alarme.
De acordo com dados da CUF, este tumor é atualmente a sétima causa de morte por cancro em todo o mundo. Já em Portugal, no ano de 2020, surgiram 1792 novos casos. A mortalidade foi de 1770 casos - representando a sexta causa de morte no nosso país.
A doença afeta uma glândula que faz parte do sistema digestivo - o pâncreas está localizado atrás do estômago e sob o fígado. O órgão tem duas funções principais: libertação de enzimas digestivas no intestino para ajudar a digerir os alimentos e expelir insulina e glucose, hormonas que ajudam a regular o açúcar no sangue, explica um artigo publicado pelo jornal The Sun.
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O cancro pancreático ocorre quando as células malignas - cancerosas - se formam nos tecidos do pâncreas.
Cinco sinais da doença que podem ser confundidos com outra condição, incluem dor de estômago persistente, dor nas costas, indigestão, perda de peso inexplicável e alterações dos hábitos intestinais.
Outros sintomas que podem ser mais óbvios incluem icterícia, dificuldade em engolir e vómitos.
Os pacientes podem igualmente sofrer sintomas de diabetes porque a doença pancreática inibe a produção de insulina.
As causas de aparecimento do tumor ainda não são exatamente conhecidas, mas existem vários fatores de risco que podem tornar determinados indivíduos mais propensos a padecerem de cancro do pâncreas.
O Sistema Nacional de Saúde Britânico (NHS) e a associação Cancer Research UK listam alguns deles como tabagismo, obesidade, diabetes, tratamento radioterápico, pancreatite crónica, úlceras estomacais, hepatite B e fatores genéticos.
Segundo o Pancreatic Cancer UK o tipo mais comum de cancro pancreático é PDAC - adenocarcinoma ductal pancreático.
Uma pesquisa realizada, no Reino Unido, no final do ano passado revelou que 28% das pessoas esperam três meses antes de procurar ajuda após o surgimento dos primeiros sintomas.
Diana Jupp, CEO da Pancreatic Cancer UK, disse ao jornal The Sun: "é extremamente preocupante ouvir que tantas pessoas adiaram a busca de ajuda por tanto tempo".
"O cancro do pâncreas não desapareceu por causa da Covid-19 e aconselho qualquer pessoa com sintomas persistentes e inexplicáveis a procurar um médico", concluiu.
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